Saúde

APARELHO PENTACAM PROMOVE REVOLUÇÃO NAS CIRURGIAS DOS OLHOS

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| 14/05/2009 às 13:16

Com o advento da tecnologia e as novidades da bio-engenharia, a oftalmologia, foi um dos segmentos da medicina que mais se beneficiou. O surgimento do Pentacam, aparelho capaz de fazer a leitura das partes da ótica refrativa (das estruturas que tem grau no olho) permitiu uma revolução nas cirurgias do segmento anterior.

Segundo o diretor médico da Oftalmolcin, oftalmologista José Martins Leitão Guerra Filho, agora os cirurgiões do segmento anterior dispõem de uma ferramenta muito importante nas cirurgias da catarata e também nas cirurgias refrativas, bem como no diagnóstico de doenças corneanas e suas condutas terapêuticas.

"oje decidir a cirurgia da miopia, por exemplo, ficou mais seguro. Descobrimos com facilidade, através da varredura do Pentacam por sobre a cornea, doenças antes impossíveis de detectar, como os ceratocones e pseudoceratocones posteriores. Previne-se assim, as deformidades que por vezes apareciam na córnea" disse Leitão Guerra.

CERTEZA MAIOR

 Essa segurança trouxe para o cirurgião e para o paciente uma certeza maior de bons resultados cirúrgicos de longo prazo, além de cinco anos. Com isso também se avalia os astigmatismos, defeitos nos eixos corneanos, favorecendo nas cirurgias da catarata, que hoje já é uma cirurgia que se encara para resolver não só a remoção do cristalino, como também corrigir quase todos os defeitos de refração.

"O aparecimento de lentes intra-oculares que corrigem também o astigmatismo só tem grande significado funcional após um estudo dos pontos corneanos que o Pentacam detecta", disse o especialista.


No campo terapêutico, os cirurgiões de catarata podem agora avaliar com segurança o tempo exato da indicação da cirurgia, assim como instruir os pacientes mais propensos a desenvolver a catarata mais precocemente, como os diabéticos, portadores de doenças articulares, usuários de corticóide entre outros.
 
"Podemos ainda avaliar a evolução das suas proteínas insolúveis do cristalino e ajudar o médico clínico a saber se e quando deve intervir com mais cuidados para postergar o tempo da intervenção cirúrgica. Assim, num paciente de sessenta anos, por exemplo, já portador de catarata fisiológica, ao fazer uma densintometria do cristalino, podemos avaliar o quanto denso está o seu núcleo e conduzir uma expectativa de tempo da evolução através de exames periódicos e orientá-lo em como se conduzir em sua qualidade de vida para retardar o evento cirúrgico ou então indicá-la para sua segurança e da sua função visual", afirma Leitão Guerra.

O novo tempo da especialidade marcado pelo uso desta tecnologia foi um dos temas discutidos no seminário Advancements In Caratact Technology, que reuniu centenas de especialistas da doença em Dallas (EUA).

"Interagimos com profissionais do mundo inteiro, discutimos novas técnicas e certamente esta nova tecnologia vai contribuir muito para a saúde ocular da população", disse Leitão Guerra Filho.