O programa oferece atendimento multidisciplinar (clínico, endocrinologista e nutricionista). O médico clínico Fabrizio Silveira, que já fazia atendimento pelo Planserv antes do programa afirma que já vê boas mudanças nos pacientes com o novo modelo de assistência. "Essa é uma iniciativa corajosa", acrescenta. Ele participou hoje do I Encontro de Gerenciamento de Endocrinopatias do Planserv, realizado durante todo o dia no auditório Raimundo Perazzo, do Centro de Atenção à Saúde, Prof. Dr. José Maria de Magalhães Netto.
Para a nutricionista Mônica Menezes o resultado do acompanhamento nutricional tem sido muito positivo, porque muitos pacientes já têm uma percepção do que é uma alimentação saudável e da importância da perda de peso para a melhoria da qualidade de vida. A endocrinologista Silvia Angeleri Valente Davisonhn diz que o Programa de Gerenciamento de Endocrinopatias do Planserv é muito interessante. "Sua maior importância é evitar as internações e as complicações, principalmente no caso de quem tem diabetes", explica
Oferta e demanda
"Essa é a doença que lidera as consultas neste programa, que foi criado há um ano para tentar conciliar a grande demanda de atendimento em endocrinologia com a reduzida quantidade de profissionais atuando na especialidade" ressalta a coordenadora de Assistência do Planserv, Cristiane Lopes.
O programa cresceu muito - o número de endocrinologistas passou de 12 para 35 em um ano -, mas a demanda também continuou aumentando. A marcação passou a ser feita pelo Planserv para garantir o acesso dos beneficiários às consultas. No evento de hoje, a coordenadora do programa, a endocrinologista Lívia Nery Franco, apresentou os critérios definidos pelo Planserv para o atendimento dos beneficiários nas seis diferentes fases de atendimento
O programa, que conta com 10 clínicos, nove nutricionistas e 35 endocrinologistas totalizou 5 mil consultas nos últimos seis meses (2,5 mil só no mutirão realizado por um dos prestadores). Apesar dos avanços, o atendimento em endocrinologia ainda é um desafio, porque o número de especialistas registrados no Cremeb é muito pequeno.
Falta de informação
dificulta tratamento
"Dra., eu não como berinjela porque é vermelha, vai engrossar o meu sangue e aumentar meu colesterol". "Não como banana porque tem muito açúcar e vai piorar meu diabetes". "Depoimentos como esses e mostram a desinformação dos pacientes e a importância do acompanhamento nutricional dos pacientes que fazem parte do Programa de Gerenciamento de Endocrinopatias do Planserv", segundo a nutricionista Monica Menezes.
O diabético com pouca informação entende que basta tirar o açúcar usado para adoçar os alimentos que ele vai controlar a glicemia. A nutricionista propôs, juntamente com o clinico Fabrizio Silveira, a realização de uma série de palestras educativas para os pacientes atendidos pelo programa. Mônica Menezes explica que a consulta é longa para possibilitar o esclarecimento de dúvidas e definir o programa nutricional dos pacientes. Em muitos casos, há necessidade de elaboração de plano individual, principalmente quando muitas doenças endócrinas estão associadas.
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