Mesmo no século XXI, a menopausa continua sendo um tabu para a maioria das mulheres. Apesar de se mostrarem mais "abertas", trabalharem, terem filhos, marido, e enfrentarem frequentemente uma tripla jornada de trabalho, elas ainda desconhecem alguns temas relacionados à saúde da mulher.
A menopausa é um assunto ainda considerado como delicado no universo feminino. A "vilã" é vista por muitas como doença, apesar de tratar-se de um estágio na vida de qualquer mulher. Os sintomas contribuem para que a menopausa seja encarada com antipatia: ondas de calor, também conhecidas como fogachos, insônia, irritabilidade, ressecamento vaginal, ressecamento da pele, depressão. A longo prazo o ressecamento vaginal fica mais evidente aumentando o risco do surgimento da osteoporose.
Segundo a ginecologista Silvana Argollo, que faz parte do corpo clínico do Itaigara Memorial Hospital Dia, em Salvador, a menopausa é simples de ser definida: "Menopausa na verdade, é o nome dado à última menstruação, que só pode ser considerada como tal, após um ano sem a mulher menstuar", explica. A especialista diz ainda que não existe uma idade definida de quando a menopausa irá surgir, mas há uma idade média: "O período que surgem os sintomas varia de mulher para mulher. O mais comum e considerado fisiológico é a partir de 45 anos, antes disso consideramos menopausa precoce", disse ela.
A ginecologista alerta para uma questão importante: segundo ela, para lidar melhor com a menopausa, a mulher precisa conhecer seu corpo, saber que a menopausa é um acontecimento fisiológico, que ocorre a falência de um órgão - o ovário-, e todos os sintomas são decorrentes da falta de hormônios fabricados por eles.
"Nesta fase, a mulher precisa fazer exercícios, ter uma alimentação saudável e com baixo teor de calorias, e fazer acompanhamento com seu médico ginecologista para cuidar dos sintomas e exames específicos".
E para as mais desesperadas de plantão, a médica acalma: existe tratamento para a menopausa: "Um dos tratamentos é a Terapia Hormonal, uma reposição dos hormônios que não estão mais sendo produzidos pelos ovários. Hoje existem no mercado medicações fitoterápicas, que melhoram muito os sintomas da menopausa, mas ainda carecem de estudos que comprovem sua eficácia no tratamento da osteoporose.", finaliza.