A cirurgia para retirada de tumores no retroperitônio (porção posterior do abdome) do vice-presidente da República, José Alencar, 77 anos, terminou por volta das 3h desta segunda-feira (26), depois de mais de 17 horas de operação, segundo boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês onde a cirurgia foi conduzida pelo cirurgião-oncologista Ademar Lopes.
Alencar tem o estado de saúde estável, segundo a assessoria de imprensa do hospital, e se recupera UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O procedimento cirúrgico era considerado de "alta complexidade" pelos médicos.
"O Vice-Presidente e seus familiares foram avisados sobre a complexidade do procedimento, bem como, sobre os riscos trans e pós-operatórios, estando todos de perfeito acordo", frisou o cirurgião-oncologista Ademar Lopes.
As equipes que acompanham o tratamento do vice-presidente são compostas pelos professores doutores Paulo Hoff (oncologista clínico), Roberto Kalil Filho (cardiologista), Miguel Srougi (urologista).
Na tarde deste domingo, antes da divulgação do boletim médico, o oncologista Paulo Hoff e o cardiologista Roberto Calil afirmaram a jornalistas que estavam no hospital que a cirurgia a que se submete Alencar neste domingo, é "uma das mais radicais na área da oncologia e a mais delicada cirurgia a que foi submetido o vice-presidente".
Os médicos explicaram que vão retirar um tumor principal e "vários tumores satélites, em um procedimento conhecido como peritonectomia". Questionados se o vice-presidente corre risco de vida, comentaram que "não existe procedimento cirúrgico sem riscos".
A cirurgia foi realizada na região inferior esquerda do abdômen de José Alencar, próxima ao ureter - canal que conduz a urina do rim à bexiga.