A assembléia dos médicos realizada pelo Sindimed, na última quinta-feira, 27 avaliou que houve uma evolução nas negociações com a Sesab, mas não contempla a expectativa da categoria. A proposta de R$3.408 para a jornada de 20 horas, é superior à anterior, que era de R$2.030, mas ainda muito abaixo do piso estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), de R$7.503,18.
Diante desse quadro, a possibilidade de uma paralisação dos médicos da Sesab continua de pé e será rediscutida na próxima quinta-feira, dia 4, um dia após as negociações na mesa setorial da Saúde, que continuam na próxima quarta-feira, 3 de dezembro.
Como definido pela assembléia, o Sindimed levará à mesa de negociação o argumento de que a Sesab já pratica remuneração superior à que foi apresentada até agora. Muitos médicos que trabalham através de outros vínculos contratuais estão no patamar dos R$5.000, o que vai manter distorções caso o governo não avance na proposta apresentada.
O presidente do Sindimed, José Caires, durante a assembléia, destacou que "os médicos baianos já foram por demais penalizados pela degradação dos salários, por condições precárias de trabalho e pelo desrespeito com que foram tratados por sucessivos governos. Assim, a expectativa de melhoria em todos esses sentidos é muito grande hoje, e não pode ser subestimada pela Sesab".
Os médicos discutiram também a preocupação com o atendimento à população, que já sofre com diversos fatores estruturais da saúde pública. Nesse sentido, a categoria reafirma o compromisso que sempre manteve com o serviço prestado, assinalando que esse aspecto será observado se uma paralisação vier a ocorrer.