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O líder do Democratas na Assembléia Legislativa, deputado Heraldo Rocha, na condição de vice-presidente da Comissão de Saúde da Casa, disse que vai acompanhar de perto os mutirões de cirurgia de média e alta complexidades anunciados pelo governo do Estado, através da Secretaria de Saúde (Sesab).
De acordo com o parlamentar, que é médico, com os mutirões usando a estrutura da rede privada, o governo baiano reconhece que o sistema de Saúde está em colapso, já amplamente denunciado pela Oposição, devido, principalmente à falta de gestão na área de Saúde.
O Mutirão de Cirurgias de Média e Alta Complexidade foi lançado nesta terça-feira no auditório do Centro de Atenção à Saúde (CAS), na Avenida ACM. Rocha ressaltou ainda que estranha o fato da Sesab utilizar entidades privadas credenciadas ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS), a exemplo dos hospitais da Bahia, Espanhol, Salvador, São Rafael, Martagão Gesteira, Santo Amaro, Português, Sagrada Família e Aliança, para o mutirão, situação que o governo do PT sempre condenou no passado.
FALÊNCIA DO SISTEMA
Além disso, o uso de entidades privadas de Saúde comprova a falência do sistema público tanto na capital quanto no interior. "Se a rede pública funciona e que não há crise no setor como afirma o governo, porque terceirizar os serviços através da rede privada de Saúde? É sinal que o sistema público vai muito mal", analisou o parlamentar.
O democrata destacou ainda que a máscara ideológica do PT sobre a criação das fundações públicas de Saúde caiu, uma vez que o Estado reconhece que o sistema amplamente difundido pela Sesab não foi adiante e revela a gravidade da situação que o setor enfrenta no Estado. "Não somos contra a realização dos mutirões. Estamos apenas constatando que há um grave problema de gestão na saúde e que o discurso do governo caiu por terra", afirmou o deputado.
Heraldo Rocha advertiu ainda que irá acompanhar de perto os mutirões da Sesab. "Como médico, parlamentar de oposição e principalmente cidadão, estarei atento, acompanhando para saber se os atendimentos estão sendo realizados e se não vão usar a Saúde em mais uma tentativa de estelionato eleitoral, uma vez que, como a crise é grave e se começou com o início do atual governo, é de estranhar que essa solução surja exatamente no período eleitoral", enfatizou.