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Quando a atual administração estadual assumiu, foi dado um freio de arrumação na execução das despesas pelo Planserv, plano de assistência medica dos servidores do Governo do Estado, em virtude da existência de fortes denúncias de favorecimento a um grande hospital de Salvador, o qual, por sinal, teve uma rápida expansão física e de serviços especiais.
Alias, o crescimento foi tão vertiginoso que motivou uma acirrada disputa interna, entre grupos rivais, pelo comando da sua gestão, com direito a repercussão de primeira página na grande imprensa.
Para se ter idéia, o quadro abaixo revela o comportamento, segundo o site Tranparência Bahia da SEFAZ, que o Plano vinha tendo, saindo de um déficit de quase R$ 200 milhões em 2006 (ano eleitoral) para um superávit de R$ 121 milhões somente nos sete meses de 2008, com a despesa tendo se estabilizado e a receita duplicado em relação ao ano de 2006.
Em R$ 1.000
ITEM 2005 2006 2007 2008
(até julho)
Receita 405.892 347.377 635.408 411.438
Despesa 404.753 545.728 578.386 289.509
Resultado 1.139 -198.35157.022 121.929
Pois bem, bastou decorrer um ano de nova direção do Planserv, para o mesmo hospital navegar em "céu de brigadeiro" ou "mar de almirante", dependendo da preferência dos seus dirigentes que possuem tanto lanchas poderosas, como aviões executivos.
Os últimos números das contas hospitalares emitidas, referentes a um único mês, dão a exata medida de quanto se está faturando: 120 pacientes já gastaram R$ 9 milhões (média de R$ 75 mil) em serviços e medicamentos, que serão totalmente pagos pelo Plano.
Mantido este ritmo agressivo, somente esta unidade terá um faturamento anual de R$ 108 milhões, cerca de 60% do que fatura com todos.
Segundos especialistas da área de seguro médico, se o Planserv fosse um plano privado já teria falido há muito tempo, mas os cofres da "Viúva" estão ai mesmo para cobrir os seus déficits, fazendo a festa interminável dos que lhe prestam serviços.