Saúde

VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE DEVE ATINGIR 16 MILHÕES DE CRIANÇAS

Veja como
| 14/06/2008 às 12:26

   A partir deste sábado, 14, o Ministério da Saúde, em parceria com todas as secretarias de Saúde estaduais e municipais, realiza a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite de 2008. A meta deste ano é imunizar cerca de 16,3 milhões de crianças menores de cinco anos, o que corresponde a 95% da população do país nesta faixa etária.
 
  A data é importante, também, lembram os especialistas, para alertar que vacinação não é apenas coisa de criança.  "Com poucas exceções, a maioria das vacinas indicadas na infância, também serve para os adultos que não foram imunizados", afirma a infectologista do Hospital Salvador, Maria Alice Sena.


  A tríplice viral, por exemplo, que é a vacina para sarampo, rubéola e caxumba, segundo a médica, deve fazer parte do calendário vacinal de adultos, principalmente para as mulheres em idade fértil. A infecção pelo vírus da rubéola, nestes casos, pode ser transmitida para o feto, acarretando-lhe mal- formações, por vezes graves. Já para os homens uma das principais vacinas é contra a caxumba, pelo risco de inflamação dos testículos (orquite) e infertilidade.


 TÉTANO

 Outra vacina que os adultos devem ficar atentos, conforme indica Sena, é para difteria e tétano (dT). "Esta vacina tem que ser tomada a cada dez anos, uma vez que a resposta obtida por ela cai com o decorrer do tempo, necessitando de doses periódicas de reforço. A exceção é na ocorrência de ferimentos infectados após cinco anos da última dose de reforço, quando então deve ser antecipada a vacinação", esclarece. Outras vacinas indicadas são para a prevenção das hepatites A e B (três doses), Influenza/gripe (dose única anual), varicela - para aqueles que não tiveram na infância (dose única) - e outras indicadas em situações especiais como febre amarela (uma dose de dez em dez anos), pneumocócica (dose única), Haemophylus, meningocócica (dose única) e HPV (três doses).


 A infectologista ressalta ainda que essas doenças ocorrem com uma relativa freqüência em nosso meio, apesar dos esforços empreendidos pelo Ministério da Saúde. "É importante lembrar que a vacinação é a prevenção da doença e da sua gravidade, e mesmo que a vacina não seja 100% eficaz em determinado indivíduo, ela tende a abrandar as manifestações clínicas da doença e, em muitas situações, como é o caso da poliomielite e da varíola, erradicar a doença, substituindo o vírus selvagem pelo vírus vacinal", afirma Senna.


 A maioria dessas vacinas é administrada gratuitamente pelo SUS, fazendo parte do calendário básico de vacinação. Outras, como é o caso da pneumocócica, meningocócica, Influenza (gripe), varicela, hepatite A, são liberadas para grupos especiais, através dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais - CRIE.