Saúde

NOVA TÉCNICA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA JÁ SENDO PRATICADA EM SALVADOR

Veja onde se pratica esse método em Salvador
| 11/04/2008 às 14:24
  Um dos grandes desafios da reprodução assistida é a implantação do embrião no útero materno. Apesar de todos os avanços na área, as taxas de implantação embrionária ainda são consideradas baixas, em torno de 10 a 15 %.

  Dentre os motivos, está a dificuldade do embrião em sair da zona pelúcida, membrana que o protege. Para que a implantação aconteça e a mulher engravide, o embrião tem que romper essa zona que é constituída de uma camada glicoprotéica e, na mulher madura, muitas vezes se torna bastante resistente tornando a implantação mais díficil.

  "É como se o embrião precisasse sair da casca", explica o ginecologista Joaquim Roberto Lopes, especialista em Reprodução Humana e diretor do Centro de Medicina Reprodutiva - Cenafert.

  O Hatching (abertura da zona pelúcida) do embrião ocorre naturalmente um pouco antes do processo de implantação.

  Para os casos em que essa abertura não acontece naturalmente, a moderna técnica de Assisted Hatching (AHA) com uso do laser é uma alternativa que tem garantido bons resultados.

  "Com extrema precisão, o laser dá uma boa ajuda para que a gravidez aconteça", afirma o médico. Ele acrescenta, "o laser abre uma pequena passagem na zona pelúcida e é por essa abertura que o embrião começa a sair desta casca".

  Em Salvador, o procedimento já é utilizado no Centro de Medicina Reprodutiva - Cenafert, em Ondina. A técnica é indicada para mulheres mais maduras (acima dos 38 anos), com reserva ovariana reduzida, mulheres que têm uma zona pelúcida mais espessa ou apresentam alguma falha inexplicada na implantação do embrião, detectada em tentativas anteriores de Fertilização in Vitro (FIV).