Saúde

DEPUTADO QUER SABER QUAIS PROVIDÊNCIAS DA SESAB SOBRE DENGUE NA BAHIA

Veja o requerimento do depuado
| 26/03/2008 às 19:25
Deputado Estadual Heraldo Rocha enviou nesta quarta-feira (26) um requerimento direcionado ao Presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, Deputado Marcelo Nilo, solicitando, com fundamento no art. 134, da Resolução nº 1.193/85, que dispõe sobre o Regimento Interno da AL, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora da Casa, a Jorge Solla, Secretário Estadual da Saúde, pedido de informações oficiais sobre os seguintes tópicos relacionados com a dengue:

Número de casos de dengue registrados no ano de 2007 e nesses primeiros meses de 2008;

Municípios em que se encontram os maiores índices de registro da doença; Volume de recursos gastos na prevenção, tratamento e controle da dengue no ano de 2007 e nesses primeiros meses de 2008;

Volume de recursos repassados aos municípios para o combate a dengue no ano de 2007 e nesses primeiros meses de 2008;

Números de casos de dengue hemorrágica registrados no ano de 2007 e nesses primeiros meses de 2008;

Em caso de epidemia, se o sistema público estadual de saúde está preparado para atender às demandas das regiões geográficas afetadas.

O Líder do Democratas na Assembléia Legislativa relata em seu requerimento que a dengue volta a ser uma ameaça no Brasil. Diz também que surtos em diversos Estados já foram identificados, especialmente no estado do Rio de Janeiro onde os números de casos notificados é alarmante.

Segundo informações de especialistas da área de saúde, completa Heraldo, é muito pouco provável que o estado da Bahia, na atual conjuntura, possa erradicar a dengue em curto prazo, pois se trata de um problema que não tem solução imediata e a situação em que nos encontramos exige um programa de enfrentamento contínuo em todo o estado.

Heraldo Rocha acrescenta que, conforme notícias veiculadas pela imprensa, nas últimas semanas, o Estado do Rio de Janeiro atravessa uma verdadeira epidemia de dengue. No contexto baiano, as estatísticas, referentes aos dois primeiros meses do ano são também alarmantes se comparadas aos 12.497 casos, registrados no Estado durante todo o ano de 2007, quando foram identificadas, em Salvador 1.751 pessoas infectadas pela dengue do tipo clássica.

No requerimento o parlamentar da Bancada de Oposição da AL ressalta que os casos de dengue grave - que incluiu dengue hemorrágica - somaram 124. Este ano, já são 26 casos em todo Estado, sendo oito confirmados, seis descartados e nove pendentes. Com elevado índice de dengue hemorrágica, anunciado na cidade do Rio de Janeiro, onde já morreram 31 pessoas - sendo 25 crianças - e o número de registros já alcançou os 23.555, 20 vezes maior que o percentual tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), caso uma pessoa vinda do Rio de Janeiro, contaminada com o sorotipo 2, for picada por um aedes aegypt na Bahia (onde o sorotipo 3 tem sido mais freqüente desde 2001), a possibilidade de o vírus se alastrar é bem forte.

A capital baiana e região metropolitana que apresenta temperatura elevada e chuvas bem distribuídas nessa época do ano (fatores favoráveis para a propagação do vetor da dengue), pontua o parlamentar, entra em alerta com a probabilidade de uma epidemia, traduzindo-se numa situação que tornaria ainda mais complexas as medidas de combate a dengue em nosso estado, caso não haja um planejamento urgente e adequado.

O deputado finaliza seu requerimento afirmando que esse pedido - a partir da AL - ao  Secretário da SESAB justifica-se plenamente, em razão do caos na saúde pública que ultimamente tem sido observado na Bahia, apresentando graves problemas de ordem estrutural e gerencial, principalmente no que se refere aos serviços médico-hospitalares ofertados pelos órgãos públicos ao povo baiano.

Pelo exposto no documento, Heraldo Rocha conclui que seja fundamental conhecer os números que orientam os investimentos e as ações da SESAB para que assim, se tenha subsídios para enfrentar uma possível epidemia de dengue na Bahia, otimizando o seu combate e salvaguardando, por conseguinte, nossa população deste mal que tantos transtornos pode causar ao nosso estado.