O reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana, José Carlos Barreto, afirmou no encontro com os estudantes de medicina da UEFS e a bancada da oposição na Assembléia Legislativa que não é fácil achar profissionais da área de saúde, vinculados a carreira acadêmica, para suprir as necessidades do quadro docente em Feira de Santana.

  José Carlos diz que reconhece que há um grande esforço do governo do Estado, porém, historicamente, os salários atuais não contribuem para que as vagas do quadro sejam preenchidas a contento. Posto numa situação bastante delicada na AL, sem suporte da bancada da situação, o reitor viu-se entre os deputados da oposição e os estudantes em movimento de protesto.

   Olhando a UEFS como um todo, segundo reitor, seriam necessários dezenas de novos professores com os naturais cursos de pós-gradução, mestrado e doutorado, o que não é fácil encontrar. Para os estudantes, o curso de medicina exige pelo menos 70 profissionais qualificados, sem os quais, como está acontecendo agora, a qualidade do ensino vai para as calendas.

   Para o líder da minoria na AL, deputado Gildásio Penedo, o que se estranha é a atitude do governo que, mesmo após 1 ano e 2 meses de gestão não se movimenta para sequer abrir concurso público.

   No ano de 2007, de 23 vagas para professores no curso de medicina apenas 11 foram preenchidas pela Secretaria de Educação, mesmo assim depois de protestos do alunado. Nesta tarde se segunda-feira, 25, o deputado Zé Neto disse que agendaria um encontro dos alunos, reitor e a bancada da situação com o secretário Adeun Sauer.

   Para o deputado Heraldo Rocha, isso dificilmente vai acontecer porque o secretário Sauer não atende deputados, "quanto mais estudantes"