Veja comentários do dep Heraldo Rocha
Deputado denuncia que depois de 1 anos e 2 meses a saúde pública na Bahia piorou (Foto/Arq)
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Morre o terceiro paciente só esta semana por falta de atendimento médico adequado nas unidades de saúde de emergência do Estado, Gildásio França, 46 anos, mulato, pobre, encontrava-se no Posto de Saúde de São Marcos entre a vida e a morte precisando ser internado numa UTI. Depois de uma reportagem da TV Bahia foi levado para o HGE, mas, sem a devida assistência (estava fora da UTI) faleceu.
Os casos estão se repetindo quase diariamente e segundo o deputado Heraldo Rocha, líder do DEM, há uma fila a espera da morte sem que a Secretaria de Saúde do Estado se mobilize. Estima-se, pelos números divulgados pela Central de Regulação que existem duas dezenas de pacientes na "fila da morte" denuncia Rocha.
"Nos últimos dias as redes de televisão, jornais, mídia eletrônica, enfim, toda a imprensa local, vem denunciando uma situação que está se tornando rotineira no cotidiano de nosso Estado. Trata-se das constantes mortes de pacientes em Postos de Saúde da capital e do interior a espera de vagas nas UTI's estaduais. Essa situação torna-se ainda mais dramática quando observamos que alguns desses casos ocorreram com cidadãos em pleno gozo da juventude e isso náo pode continuar", comenta o depuado.
Todos nós sabemos que a classe social que freqüentemente recorre aos postos de saúde é, em sua maioria, carente e, portanto, sem oportunidade de ter um plano de saúde. É justamente nesse contexto, que o governo, constitucionalmente, em seus diversos âmbitos, tem que atuar com total eficácia e pontualidade, demonstrando assim, sua competência, funcionalidade e comprometimento com o social.
"As mortes nos postos de saúde que mencionamos, ocorreram após estes pacientes terem esperado horas - e até dias - para que a Central de Regulação Estadual lhes dessem o devido socorro. Quando questionada acerca desta angustiante situação, a explicação dada por um dos superintendentes da Sesab é de que há um grande déficit de leitos de UTI na Bahia"frisou o deputado.
Este mesmo dirigente afirma que uma das alternativas viáveis para o equacionamento deste cenário dependeria de investimentos futuros, dentre eles, a construção do Hospital do Subúrbio - projeto, diga-se de passagem, ainda em estudos por parte do governo estadual.
Para lamento e detrimento de muitos, especialmente da população suburbana, o citado empreendimento encontra-se andando a passos lentos, num estágio tão incipiente que não se tem ainda um local escolhido para sua implantação ou sequer um estudo arquitetônico pronto.
"Na verdade, o que está acontecendo - e isso não se registrava com tal intensidade em tempos passados - é a falta de sintonia e funcionamento adequado da Central de Regulação com as unidades de saúde estaduais. Estes pacientes que vieram a óbito deveriam ser transferidos para os Hospitais onde, mesmo sem o leito de UTI disponibilizado, estas pessoas estariam sendo mais bem assistidas, com acesso a maiores recursos de diagnóstico e atendimento especializados", lamenta rocha.