A melhoria da gestão nas unidades hospitalares da Secretaria da Saúde do Estado é o principal objetivo da realização hoje (20), no auditório do Cican, da 1ª Oficina Preparatória para a Construção do Curso de Gestão Hospitalar.

  Promovido pelas superintendências de Recursos Humanos em Saúde e de Assistência Integral à Saúde e Escola Estadual de Saúde Pública (EESP) o encontro serviu para apresentar e discutir as características da rede hospitalar do SUS-Ba, seus problemas e necessidades para a formação da gestão hospitalar.

     Na abertura dos trabalhos, Isabela Pinto e Gesilda Meira Lessa apresentaram a proposta político-pedagógica da Escola e a dinâmica de trabalho da oficina que discutiu a proposta do Curso de Especialização em Gestão Hospitalar. O curso começará no primeiro semestre de 2008, inicialmente com 120 participantes, destinado aos diretores, gerentes, administradores, coordenadores e técnicos da rede hospitalar da Bahia.

 

    BLÁ-BLÁ-BLÁ

   O superintendente Alfredo Boa Sorte falou sobre as necessidades da conformação da política de gestão hospitalar estadual e da organização da rede e a integralidade da atenção.

   De acordo com ele, os gestores hospitalares devem ajudar na criação e estabilização de linhas de cuidado que rompam os limites do hospital e se transversalizem por outros serviços.

  "Pretendemos estabelecer as bases científicas para a elaboração de um curso de gestor hospitalar, tendo como foco a melhoria da gestão, utilizando uma nova versão de modelo assistencial, que vê o hospital como uma rede integrada de assistência que dialoga e integraliza com outras unidades especializadas e com os municípios", afirmou Alfredo Boa Sorte.

  A rede integrada de atenção a ser criada deverá ser horizontal, tendo como principal foco o usuário da saúde. "Cabe ressaltar que a Sesab também está com duas comissões formadas por funcionários e membros dos sindicatos para a revisão do Plano de Carreira e das gratificações", explicou o superintendente, acrescentando que as críticas que a Sesab vem sofrendo há décadas serão respondidas, mas não tão rapidamente.

   ARTICULAÇÃO

  Para a superintendente Isabela Pinto, um fato novo para a realização desse curso é a articulação das superintendências de Recursos Humanos e Assistência Integral à Saúde. "A importância para a realização do trabalho é a estratégia criada com a gestão permanente na medida em que ele vai ser desenhado nas necessidades da prática", explicou. Para a construção desse processo foram convidadas a EESP e a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, que já tem trabalhado com diversas turmas e implementa a gestão hospitalar através do Prohosp, programa que promove a melhoria da qualidade nos hospitais mineiros ligados ao SUS. Além disso, também foi convidada a Escola de Administração da UFBA, parceira no desenvolvimento de alguns trabalhos com a Sesab.

   Durante a realização da oficina foram palestrantes Fábio Teixeira, diretor geral da Sesab, com o tema "A importância da capacitação para a rede hospitalar; Ricardo Gouveia apresentando a Rede Própria - Situação atual, necessidades de formação e desafios para a gestão; Patrícia Falcão e Isabela Coutinho da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, que apresentaram experiências exitosas na área e Vera Mendes, da Escola de Administração da UFBA, mostrando o trabalho desenvolvido pela escola.

Na parte da tarde, grupos de trabalho estudaram situações-problema, foram encaminhadas propostas para desenho do curso e discutida a proposta preliminar do Curso de Especialização Hospitalar para o SUS-Bahia.