"Lakshmi está bem e sua situação é estável", declarou a coordenadora-chefe do Hospital Sparsh, em Bangalore, Mamata Patil, em declarações à agência.
A operação foi conduzida por uma equipe de 36 cirurgiões. Eles manterão agora uma observação de 48 a 72 horas. A menina descansa com ventilação assistida na unidade de terapia intensiva.
A equipe conseguiu separar a espinha dorsal que Lakhsmi compartilhava com o corpo de sua irmã gêmea, que não se desenvolveu corretamente. Lakshmi nasceu unida pela pélvis com o corpo de uma gêmea que não se desenvolveu corretamente, e que ficou como uma parasita.
A operação começou na terça-feira. Foi um elaborado processo, no qual os cirurgiões tiveram que retirar os braços, pernas e rins da gêmea e reconstruir a pélvis da menina.
"Conseguimos separar os ossos que cobrem a espinha dorsal e separar Lakshmi da sua gêmea parasita no nível ósseo", declarou à emissora IBN o neurocirurgião Thimappa Hegde.
DEUSA
A menina nasceu numa família muito pobre, no distrito de Araria, na região de Bihar, perto da fronteira com o Nepal. Muitos aldeões acharam que ela era uma reencarnação da deusa Lakhsmi, que tem oito braços.
"Todos começaram a rezar para minha filha. E nós também", declarou seu pai, Shambhu. Mas seu pai logo se deu conta de que a bebê precisava de atendimento médico urgente. Começou então a busca de um cirurgião capaz de realizar a operação.
Os médicos acreditam que, sem ser operada, Lakhsmi não superaria a adolescência.
A operação tem um custo calculado de 250 mil rúpias (US$ 6.400), mas o hospital decidiu não cobrar nada. "Por favor, rezem para que seja um sucesso", declarou a mãe de Lakshmi, Poonam, pouco antes de a sua filha entrar na sala de cirurgia. Os pais esperam agora que sua filha possa desenvolver uma vida normal.