Para a morte estão sendo levantadas diversas hipóteses, além de dengue hemorrágica, como hepatite fulminante e infecção viral. O laudo com o resultado dos exames será divulgado, na terça-feira (11), pelo Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen). A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Hospital Espanhol só irão se pronunciar quando for concluída a análise do material colhido da paciente.
Maria Carmen, segundo familiares, teve o quadro agravado rapidamente após a internação, com falência dos fígados, rins, pâncreas, seguido por sangramento.
Casos de dengue
Este ano foram notificadas por dengue hemorrágica duas mortes em Salvador e outra em Luís Eduardo Magalhães. Segundo a Sesab, foram registrados, na Bahia, 10,4 mil casos de dengue e 22 do tipo hemorrágica. Apenas em Salvador, foram cerca de 950 casos de dengue clássica.
A doença é causada por um arbovírus (tipo de vírus transportado por mosquitos e carrapatos), transmitido de uma pessoa a outra através do hospedeiro intermediário, o Aedes aegypti. Os sintomas costumam evoluir em três formas clínicas: a dengue clássica, similar à gripe; a dengue hemorrágica, mais grave e que provoca alterações na coagulação sangüínea; e a raríssima síndrome do choque associado à dengue, que também pode levar à morte se não houver atendimento adequado.
A dengue cresceu 45% em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. Nos sete primeiros meses, o Brasil registrou 438.949 casos da doença, contra 302.461 no mesmo período de 2006. Dados do governo federal revelam que 80% dos criadouros potenciais do Aedes aegypti estão localizados no ambiente domiciliar, como os pratos dos vasos de plantas, tonéis, tambores, caixas d'água, lajes descobertas e pneus. Segundo a