A interdição da unidade foi promovida pela própria Secretaria de Saúde após constatar a falta de condições para atender aos pacientes, com equipamentos quebrados, infiltrações e mofos nas paredes, entre outros problemas que se agravaram desde o ano passado.
MAIOR HOSPITAL
Além dos dez leitos da Semi-intensiva, outros dez leitos de outras unidades do hospital foram reativados com novos equipamentos. Com um total de 623 leitos, o Roberto Santos é o maior hospital do Norte/Nordeste. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são 22 leitos, além dos dez da área de semi-intensiva e outros 25 infantis (neonatais e pediátricos). A taxa de ocupação dos leitos da unidade semi-intensiva é de 100%, com uma média de atendimento rotativo de 45 pacientes por mês.
"Pela completa falta de condições, a unidade estava funcionando já algum tempo apenas como uma enfermaria, por não estar devidamente aparelhada para os procedimentos semi-intensivos", explicou o diretor-geral do hospital, Sebastião Mesquita. São normalmente encaminhados para a Unidade Semi-Intensiva os pacientes que ainda necessitam de atenção especial após terem saído da UTI, a exemplo dos estágios pós-operatórios.
Cerca de 12 mil pacientes são atendidos, em média, por mês no Roberto Santos, sendo que 125 (entre os adultos) geralmente precisam de internação com atendimento intensivo, tanto na UTI, quanto na Unidade Semi-intensiva. Por plantão, são escalados quatro médicos intensivistas: três para a UTI e um para os atendimentos semi-intensivos.
"As instalações estão muito boas e o atendimento também foi muito tranqüilo", afirmou, satisfeita, a dona-de-casa Adelina Néri, mulher do paciente Leopoldo Teixeira que, após fazer uma cirurgia de correção de arteriosclerose, foi o primeiro a ser transferido para a recém reformada unidade semi-intensiva. "Além dos equipamentos, os quartos agora têm TV e nova pintura, o que também contribui para recuperar os pacientes", disse o diretor-médico do hospital, Mário Raffaelli.
QUALISUS
Depois da reinauguração da unidade, o secretário Jorge Solla conversou com os médicos do Hospital Roberto Santos, confirmando a aprovação, pelo Ministério da Saúde, do projeto Qualisus. A intenção é promover reformas nos seis maiores hospitais de emergência da Região Metropolitana de Salvador, cinco na capital.
São eles: além do Roberto Santos, HGE, Ernesto Simões, Batista Caribé, São Jorge, em Salvador, e o Menandro de Farias, em Lauro de Freitas. A previsão é investir R$ 10 milhões em adaptação de espaço e reaparelhamento. Solla também lembrou as importantes intervenções já realizadas no Menandro de Farias, entregues esta semana, e no Hospital Luís Viana, em Ilhéus, há cerca de 15 dias.