Saúde

EXCLUSIVO: EMERGÊNCIAS DOS HOSPITAIS PÚBLICOS DO ESTADO AINDA EM CRISE

A situação continua caótica nas emergências dos hospitais públicos da Bahia
| 12/08/2007 às 19:32
Setor de emergência do RS com 3 monitores para 9 pacientes. (Foto/médico enviou via celular)
Foto:
   O caos na emergência dos hospitais públicos do Estado, em especial no Roberto Santos (Salvador) e Clériston Andrade (Feira de Santana), apesar do esforço da Secretaria de Saúde e de informações do secretário Jorge Solla, da Saúde, minimizando o problema, continua sem uma solução a curto prazo.

  No Roberto Santos, o corredor da emergência está repleto de pacientes em macas das ambulâncias e até em cadeiras improvisadas, a unidade de reanimação (área onde os pacientes em estado crítico chegam para serem reanimados e enviados à cirurgia) está com sua capacidade além da conta, alguns dos pacientes sem monitores (equipamentos que monitoram o coração, etc) e, ao que tudo indica, porque a imprensa não tem acesso às informações, está faltando planejamento, organização e médicos no hospital.

   Um médico enviou para o Bahia Já fotos dos corredores, da emergência, etc, feitas por seu celular (vide uma delas acima) onde um paciente encontra-se aguardando socorro sentado numa cadeira de praia, o lixo está acumulado em alguns pontos, e as macas das ambulâncias ingressam no hospital por falta de equipamentos no Roberto Santos.

   Ainda segundo esse médico que passou os informes para o Bahia Já algumas enfermarias do Roberto Santos têm leitos vagos, contudo os pacientes não podem ser transferidos para elas porque faltam médicos, enfermeiros, auxiliares, etc. 

   CONVOCAÇÃO

   Neste domingo, o Diário Oficial do Estado publicou uma convocação através da SAEB de 306 auxiliares de enfermagem, 28 psicólogos, 36 fisioterapeutas, 70assistentes sociais, 23 nutricionistas, 18 técnicos em patologia clínica e (pasmem) 1 enfermeira (Isabela Cavalcante de Souza) para se apresentarem entre 14 e 17/8.

   Ademais, a SESAB está contratando médicos via REDA (sem concurso) e o secretário Jorge Solla, o qual, não teria sido informado pela direção do Roberto Santos do fechamento da Unidade Semi-Intensiva, em entrevista A Tarde, no último sábado, admitiu que a rede "é cronicamente deficiente". E, transferiu a responsabilidade para o que está acontecendo aos governos anteriores que não fizeram investimentos no setor.

   Segundo uma fonte do ex-governo Paulo Souto o que aconteceu é que a SESAB, com Solla, não renovou os REDAS dessas unidades (emergênicas) e não convocou os candidatos que prestaram concurso em 2006. Além disso, desorganizou o setor no momento em que, ao cancelar o contrato da Coopamed, não conseguiu mesmo com novo REDA (o do concurso) suprir todas as áreas com especialistas, daí que recorreu a OSCID e a "quateirização" já dennunciada pela A Tarde.