Filiado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ele ressalta que segue todas as normas técnicas determinadas pela instituição. "Uma paciente morreu em 2003. Depois, nunca tinha tido problemas, mas por uma terrível coincidência aconteceu duas vezes seguidas. Tenho absoluta convicção do que fiz, mas não deu certo", diz.
"Uma operação pode dar certo ou dar errado. Isso pode acontecer em todo lugar do mundo. Nem sempre uma tragédia é antecipada por um erro", afirma.
Sobre a morte da juíza, Nóbrega afirma que fez todos os exames antes dos procedimentos e que tentou reanimar a paciente ao notar que seu estado não estava bom. Segundo o médico, Roseane morreu em função de uma embolia. "O próprio laudo do IML não encontrou erro de procedimento na cirurgia e diz que o resultado é 'não conclusivo'. Parece que não basta a tragédia de uma morte. Estão me condenando antes do tempo."
Uma semana antes da morte da juíza, outra paciente de Nóbrega morreu. A maranhense Flávia Caroline Pires Macedo, 25 anos, operou no dia 12 de julho e saiu da mesa cirúrgica para a UTI, onde ficou cinco dias. Ela morreu no dia 17. "Ela morreu por um problema em um segundo procedimento, teve um tromboembolismo pulmonar. Estava melhorando na UTI", diz o médico.
Flávia colocou prótese de mama e fez lipoaspiração nas costas e no abdome. Segundo Nóbrega, não foi um procedimento excessivo e é comum operar mais de um lugar ao mesmo tempo.