Saúde

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM GINECOLOGIA ACONTECE EM SSA

O encontro começou hoje e vai até amanhã, 29/6
| 28/06/2007 às 20:20
  Forte aumento do fluxo e do período menstrual - às vezes superior a 15 dias -, surgimento de coágulos seguido de cólicas severas e anemia são sintomas de um processo de hemorragia uterina que afetam mulheres em idade reprodutiva e que pode levar à infertilidade.

   Esse problema, que atinge normalmente mulheres na faixa dos 30 e 40 anos, com poucos filhos, sobrepeso e um hábito alimentar onde se destaca a ingestão de gordura, será um dos temas do Simpósio Internacional de Atualização em Ginecologia, promovido pelo Itaigara Memorial Instituto da Mulher, que está acontecendo hoje e amanhã, no Hotel Fiesta.
 
   Aberto para especialistas e estudantes de medicina, segundo o professor de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina da UFBA, e coordenador do Instituto da Mulher, ginecologista Hugo Maia Filho, estes sangramentos são normalmente provocados por pólipos, miomas, ademiose e endometriose, uma inflamação que resulta na aderência do útero nas trompas ou ovário.

   Há dez anos, lembra Maia Filho, situações como esta remetiam a necessidade de submeter a mulher a uma histerectomia total, que consiste na retirada do útero. Mas as novas técnicas desenvolvidas pela medicina ginecológica, que tiveram um forte avanço nos últimos anos, têm revolucionado o perfil dos procedimentos ginecológicos no país.

  VERSAPOINT

   Um dos exemplos é o uso de técnicas como o Versapoint e o Balão Thermachoise, que permitem, em 80% dos casos, que as mulheres mantenham o útero. "O avanço de técnicas histeroscópicas se desenvolveram como uma alternativa à histerectomia total.

   O Versapoint retira a lesão do útero e o Balão Thermachoise aquece a cavidade uterina, permitindo uma destruição completa do endométrio, a parte interna do útero através da qual ocorre o sangramento. É o que temos de mais moderno neste segmento na atualidade", afirma Maia Filho.

   Outro item importante, destaca o professor, é que estas técnicas são realizadas em sistema de Hospital Dia, são menos invasivas e permitem o retorno as funções cotidianas rapidamente. "A questão da sexualidade da mulher neste momento é importante. Estas intervenções, além de curar o problema, permitem a manutenção da estrutura do assoalho pélvico, fundamental para uma sexualidade intensa", disse ele.