O secretário da Saúde está na Europa e o site da Agecom não diz uma linha sobre a crise na saúde
Os argumentos utilizados nesta sexta-feira, 15, por representantes da Secretaria de Saúde do Estado (o secretário Jorge Solla se encontra na Europa) para o caos que se instalou na saúde pública da Bahia, nos hospitais de emergência, em especial no HGE e Ernesto Simões (Salvador) e Clériston Andrade (Feira de Santana) foram políticos e sem sustentação do ponto de vista da realidade.
Segundo Wagner Bonfim, diretor do Hospital Clériston, "estamos tentando resolver um problema que vem se arrastando há anos e agora vamos contar com verbas do governo federal".
Na opinião de Alfredo Boa Sorte, antigo sindicalista hoje na Superintendência de Saúde da SESAB, a decisão do Ministério Público em determinar o fechamento do hospital em 30 dias caso não sejam tomadas providências, deve-se ao fato de que "herdamos uma herança maldita do governo anterior".
Boa Sorte contestou o aumento da mortalidade nos hospitais e disse que houve uma redução de 10% em relação ao ano anterior. Destacou, ainda, que "queremos uma reunião com o MPE para esclarecer o que se passa".
Concenição Benigno, diretora de Regulação da SESAB, veio com a mesma catilinária: "o caos vem ao longo dos 16 anos das gestões passadas".
Como se vê, sem argumentos para resolver o que está acontecendo na saúde pública, os gestores atuais apelam para a política.
Ao que se sabe e está aí o ex-secretário da Saúde, José Antonio, para confirmar o Estado foi entregue com todas essas unidades funcionando normalmente, até com certa eficiência.
Mas, com a mudança de política estatizante imposta pelo secretário Solla, dispensa da COOPAMED e outros, instalou-se o caos.