Duas pessoas foram internadas em um hospital de Juiz de Fora (MG) no dia 21 de maio, depois de implantarem silicone industrial no corpo. Uma dançarina de 32 anos não resistiu e morreu em 2 de junho. O outro paciente, um travesti de 42 anos, continua internado. Segundo o hospital, ele passou por várias cirurgias e ainda corre risco de infecção, por isso está isolado em um quarto.
O silicone usado em procedimentos caseiros pode ser encontrado em qualquer loja ou até mesmo em supermercado, tanto na forma líquida como em gel. Um pote de 210 gramas custa, em média, R$ 5,45, em Minas Gerais. De acordo com as instruções, o produto serve para dar brilho em peças de automóveis, mas há pessoas que tentam implantá-lo no corpo.
O cirurgião plástico Marilho Dornelas informou que o uso do silicone em forma líqüida e em gel pode causar infecções e inflamações. "Aparentemente, no dia do procedimento, a substância aplicada fica no local. Com o passar do tempo, porém, ela vai migrando para outras regiões do organismo. O indivíduo vai ter que estar sempre em tratamento para controlar as conseqüências", afirma.
Para quem pensa em mudar o corpo, ele indica as próteses, desenvolvidas para esta finalidade. "No interior destas próteses há um gel específico. Se a cápsula que envolve esse gel rompe, ele não vai espalhar", explica o especialista.
De acordo com o médico, outras três pessoas que usaram silicone industrial no corpo estão em tratamento na cidade mineira.