O deputado Luis Bassuma é espírita
O deputado federal Luis Bassuma (PT) voltou a afirmar, hoje, em Salvador que não vai admitir que o ministro da Saúde, José Ramos Temporão, trate a questão do aborto como um problema de saúde pública. "Isso é inadmíssivel" - afirmou.
Para Bassuma, que integra o movimento pela Vida e é presidente da Comissão que analisa esse tema na Câmara dos Deputados a vida começa com a fecundação e nehum estado pode institucionalizar a morte.
O deputado defende que os governos - municipal, estadual e federal - pratiquem uma política de planejamento familiar mais vigorosa, hoje, na visão de Bassuma, "fraquinha" e que o aborto provoca traumas físicos, psicológicos e espirituais na mulher, e que sexo deve ser encarado como ato de responsabilidade.
Bassuma deu o seu próprio exemplo, ainda que considerando ser uma exeção, de um homem casado, 51 anos, três filhos e que nunca fez sexo usando camisinha.
Criticou também a aplicação dos recursos do CPMF para a área da saúde pública, desde a sua criação até os dias atuais, destacando que ninguém quer mudar a lógia de uma contribuição que foi pensada para ser aplicada na saúde pública e tem seus recursos desviados para outras funções.
NÚMEROS
No Brasil são realizados por ano 1.100.000 abortos e os dados do Ministério da Saúde são de que 245.000 mil pacientes mulheres procuraram hospitais públicos para que sejam feitas reparações de curetagem e outros. Na Bahia, são 26 mil casos por ano.
Vários países já estabelecer (o último agora foi Portugal) que o aborto deva ser tratado como problema de saúde pública. Na América Latina, como sempre, a maioria dos países mantém uma legislação anti-aborto, completamente caduca em relação à realidade.