Nova matéria paga foi publicada em A Tarde pelo SINDIMED
Em matéria paga publicada em A Tarde (domingo, 15/4, pág. 6) o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (SINDIMED) defende contratações de médicos pela SESAB através do Regime de Direito Administrativo (REDA) elogiando a atitude do governo do Estado "como importante passo para romper com o modelo de precarização das relações de trabalho utilizado pelo governo anterior, que terceirizava mão-de-obra através da COOPAMED".
Adiante, diz a nota, que "o processo em curso está em sintonia com a luta que o SINDIMED e a sociedade baiana empreendem, há anos, pela moralização do serviço público". Mas, faz a ressalva: "o SINDIMED reafirma a sua posição em prol do concurso como forma mais democrática e justa de acesso ao emprego público". E assopra: "Por outro lado, reconhece as contingências emergenciais que o momento impõe e as possibilidades da administração pública".
Por fim, o SINDIMED diz que continua fazendo gestões junto ao secretário Solla, "no sentido de acelerar a implementação do concurso público" e tem como prioridade lutar por melhores salários dos sesabianos.
No rodapé da nota expõe sua plataforma: Concurso público, piso salarial da Fenam (R$3.481,76 por 20 horas semanais), plano de cargos, carreira e salário, condições dignas e segurança nos locais de trabalho.
COMENTÁRIO
BAHIA JÁ
Imaginava-se que o peleguismo já tivesse acabado na Bahia. Mas, a nota do SINDIMED é o exemplo de que está vivíssimo. Primeiro acende uma vela a Deus (REDA) elogia o regime e destaca ser emergencial e moralizador, uma postura completamente inversa ao que o SINDIMED defendia nas gestões anteriores da SESAB com César Borges e Paulo Souto.
Depois, a nota faz uma afago aos sesabianos e diz que vai defender o concurso público.
Ora, o edital da SESAB sobre o REDA atual dá conta de que sua validade será de dois anos, renovável por mais dois anos. Ou seja, 4 anos, a totalidade do período de governo de Jacques Wagner. Daí que, ao que tudo indica, concurso para médico no Estado só a partir de 2010.
Porque o SINDIMED omitiu essa informação na nota? Por uma questão de fidelidade ao atual governo e nada mais. A defesa dos sesabianos é apenas uma peça de retórica.