Segundo técnicos do SICOF, da Secretaria da Fazenda do Estado, a Secretaria da Saúde do Estado tem, hoje, R$92 milhões em caixa na conta Bradesco e o que está rendendo de receita financeira algo em torno de 2.5 milhões de reais/mês.
Médicos da COOPAMED estiveram hoje no programa Balanço Geral, de Raimundo Varela, e denunciaram que estão honrando os compromissos com a SESAB, mas, as faturas da cooperativas estão atrasadas. Mesmo assim, continuam trabalhando.
Também denunciaram que o secretário da Saúde, Jorge Solla, está prometendo salários acima do que está escrito no edital da SESAB publicado no Diário Oficial do Estado, no último dia 17 de março, que estabelece uma remuneração de R$1.837,34 para uma carga horário de 120 horas/mês, o representa 30 horas/semana e algo em torno de R$15,00 por hora trabalhada.
INFORMAÇÃO DO
SITE DA SESABA
Veja o que diz o site da SESAB, trecho da matéria posta em 28/03/07:
"Embora a seleção, primeira para médicos que é feita em 15 anos no estado, seja para contratação temporária pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), Solla garante que os contratados terão melhores condições de trabalho: "Eles terão direito a férias remuneradas, décimo-terceiro salário, licença maternidade, licença para tratamento de saúde, assim como qualquer outro trabalhador. A remuneração que nós oferecemos está compatível com o mercado, e um médico que opte por dois vínculos de 24 horas pode perceber acima de R$ 6 mil".
MÉDICOS DESMENTEM
Os médicos disseram no Varela que isso é um engodo uma vez que não está publicado no edital e trata-se apenas de um apelo de marketing do secretário no sentido de conseguir mais inscrições e especialistas em algumas áreas da medicina. Entendem que se houver essa opção em sua maioria (com valores de R$6 mil) a SESAB não teria como pagar, devido a sua dotação orçamentária.
SE LIGA BOCÃO
O secretário Jorge Solla esteve hoje no programa Se Liga Bocão para rebater as informações prestadas pelo ex-governador Paulo Souto de que deixou o Estado com boa saúde financeira e um caixa com R$400 milhões.
Solla disse que encontrou a SESAB em débidos e que havia um dinheiro em caixa, de repasses do governo federal. Mas, ao ser perguntado pelo caixa do Estado nada falou da conta Bradesco que, segundo os técnicos da SICOF, da SEFAZ, hoje, está com R$92 milhões em caixa.
A SESAB ainda não pagou a contrapartida aos municípios pelo programa de saúde da família e ao SAMU. Além disso, não adquiriu medicamentos para a gestão báscia em 2007, pois, ainda está utilizando o estoque do então governo Paulo Souto.