A crescente onda de violência em Salvador não tem fim
Tasso Franco , da redação em Salvador |
26/04/2025 às 20:07
Policiais apagaram as marcas do CV
Foto: Toni Silva Ascom PC
Equipes da Polícia Civil, sob o comando do Delegado-Geral André Viana, fazem diligências no Lobato, local onde o CV invadiu e queimou veículos neste sábado (26). Segundo a polícia Civil, uma força tarefa foi criada para identificar e localizar os envolvidos do Comando Vermelho e já tem indicios sobre os responsáveis pelos incêndios em veículos no bairro do Lobato, em Salvador, na madrugada deste sábado (26).
A região, que teve o policiamento reforçado após os ataques, foi alvo de uma operação e de uma vistoria feita pela delegada-geral adjunta Márcia Pereira, o chefe de Gabinete, delegado Ivo Tourinho, o assessor executivo, delegado Jorge Figueiredo, dirigentes dos departamentos operacionais e o diretor do Departamento de Polícia Técnica (DPT), o perito criminal Osvaldo Silva, no Gabinete e o delegado-geral André Viana.
Criminosos chegaram a pichar CV, de Comando Vermelho, em um carro, além de atearem fogos em outros e dispararem tiros em rajadas que assustaram os moradores. Equipes policiais estiveram no bairro e cobriram sinais de facção deixadas em paredes e muros. Ninguém foi preso.
O policiamento no bairro foi reforçado e as investigações continuam para prender os responsáveis.
A suspeita das autoridades é que uma facção seja responsável pelos danos. Testemunhas alegam que 60 homens estão envolvidos no incêndio dos veículos, que foram pichados com as iniciais "CV", sigla que representa o grupo criminoso Comando Vermelho.
Entre os veículos destruídos, estava uma viatura descaracterizada da Polícia Civil. A sequência de ataques assustou quem vive na região, e unidades ordinárias e especializadas da Polícia Militar foram acionadas para aumentar a segurança no local. O reforço, de acordo com a PM, vai permanecer por tempo indeterminado.
Além do policiamento nas ruas, a operação conta com apoio de aeronaves e drones, usados para localizar e prender os envolvidos no ataque. A PC também atua na investigação do caso, analisando imagens de câmeras de segurança, ouvindo testemunhas e utilizando serviços de inteligência para identificar os suspeitos.