Os desafios de acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência visual foram discutidos durante um encontro, realizado no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, no Barbalho. O evento realizado pelo Instituto de Cegos da Bahia, em parceria com a Associação Bengala Verde Brasil, foi aberto ao público e teve como objetivo promover um debate enriquecedor sobre as barreiras enfrentadas pelas pessoas com cegas e com baixa visão em nossa sociedade, e como, enquanto cidadãos, podemos contribuir para superar esses desafios e criar um ambiente mais inclusivo e acessível.

Dentre os temas abordados estiveram os aspectos psicossociais da deficiência visual, os avanços e desafios dos direitos dessas pessoas no estado da Bahia e o panorama da deficiência visual no Brasil e no mundo, esse último tema inclusive, foi apresentado pela médica oftalmologista, especialista em visão subnormal e coordenadora médica do ICB, Drª. Fátima Neri.

Segundo a especialista, a deficiência visual no Brasil ainda é um grande desafio a ser enfrentado, e que, apesar dos avanços em políticas públicas e iniciativas de inclusão, ainda temos um longo caminho a percorrer. “Muitas pessoas cegas e com baixa visão não têm acesso adequado a serviços de saúde, educação e oportunidades de trabalho. A acessibilidade é um direito fundamental que deve ser garantido a todos. Ainda enfrentamos barreiras tanto físicas quanto digitais, que dificultam a plena participação dessas pessoas na sociedade. Momentos como esse são de grande importância e relevância para educar e conscientizar a população de que cada um de nós podemos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, afirma.

O evento também contou com painéis com a presença de Isadora Maia, que é membro titular do Comitê de Saúde do TJ-Ba, advogada, procuradora Jurídica da FEAPAES-BA, Consultora Jurídica do COSEMS-Ba e Conselheira Titular do CES-Ba, Cecília Vasconcellos, psicóloga especializada em análise do comportamento (Paradigma) e doutoranda em ciências visuais pela UNIFESP, e de Roseli Oliveira, diretora-presidente da Bengala Verde Brasil, professora graduada em Letras com especialização no Albertus Magnus Collega, New Haven, USA e também na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e especialista em aulas de conversação para negócios.

Com a sua sede localizada no Barbalho, em Salvador, o ICB é o único da Bahia a oferecer, de forma gratuita, prevenção, diagnóstico, habilitação, reabilitação e inclusão social de pessoas cegas ou com baixa visão. Carregando consigo um propósito claro e inspirador de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos, atualmente o instituto realiza mais de 310 mil procedimentos anuais, porém, devido à alta demanda, a espera por atendimento pode chegar a até três meses.

O Instituto, que se tornou referência na área da saúde ocular, seguirá com a campanha de arrecadação para ampliação da sua estrutura física, passando pela expansão do meio digital, de seus projetos e da sua capacidade de atendimento. A sociedade em geral, pessoas físicas e jurídicas, associações e entes públicos podem doar ou adotar um espaço da instituição, contribuindo com sua ampliação. Os interessados em fazer parte dessa rede de solidariedade podem doar acessando o site www.institutodecegosdabahia.org.br/doeagora ou através da chave PIX que é (71) 98817-3193. Para demais esclarecimentos, é possível entrar em contato com a equipe do ICB pelo WhatsApp, que é o mesmo número do PIX, através do e-mail: captacao@institudodecegosdabahia.org.br, ou pela página do instituto no Instagram, @institutodecegosdabahia