Salvador

OLODUM DESFILE NO PELÔ EM SUA TRADICIONAL SEXTA QUE COMPLETA 45 ANOS

Governador Jerônimo acompanhou a saida do Olodum que também desfila domingo, na Barra
da Redação , Salvador | 09/02/2024 às 20:19
Olodum homenageia os ashanti de Gana
Foto: Milena Fahel
   Um passeio pela história do povo wodaabe, etnia nômade do Níger, na África Ocidental, caracterizou a tradicional sexta-feira do Olodum, em Salvador, no Pelourinho. O tema do desfile deste ano também deu espaço para a percussão inspirada em etnias de gana e dos povos ashanti. O governador Jerônimo Rodrigues e o vice-governador e coordenador do Carnaval, Geraldo Júnior, acompanharam a saída do bloco.

   O Olodum celebra seus 45 anos e o governador faz uma avaliação sobre a importância do Olodum e Ilê: “O Carnaval do Pelourinho é, realmente, diferente. Ele tem uma energia diferente. O público daqui é um público diferenciado. A cultura bate mais forte aqui, não tenho dúvida disso. E 50 anos homenageando os blocos afro. Pela história, o Carnaval de Salvador e da Bahia tem muitos valores. Mas um dos mais fortes é o potencial dos blocos afro, que trabalham o ano inteiro com projetos sociais, com a questão racial, com a questão das crianças e adolescentes. Aqui, é o fechamento de um ciclo de projetos muito importantes. E nós continuaremos pegando nas mãos desses blocos”, afirma.

O Olodum foi um dos blocos contemplados pelo programa Ouro Negro em 2024, que teve o maior investimento da história no estado, chegando a cerca R$ 15 milhões. O valor destinado às manifestações culturais da diáspora na Bahia também foi estendido às participações das entidades e agremiações de matriz africana nas festas populares da capital e do interior do estado. 

"Cabe ao Carnaval contar a história da nossa gente, da nossa origem, valorizar ela. É uma forma de educar. O que as pessoas estão vendo hoje não vivem no cinema nem na escola. Cabem aos blocos  afro contarem”, avalia João Jorge Rodrigues, cofundador do bloco Olodum.