Poderia ser a primeira, mas está repleta de altos edifícios o que impede a visão do mar, salvo para quem mora nos prédios
Tasso Franco , Salvador |
16/06/2023 às 20:09
Avenida Oceânica, trecho Barra
Foto: BJÁ
A Avenida Oceânica é a segunda mais bela de Salvador em nossa opinião. Poderia ser a primeira, diante da moldura do Atlântico - mar aberto, daí vem seu nome, do Oceano Atlântico - mas se encheu muito de concreto e em trechos de Ondina sequer vê-se mais o mar com imensos prédios dos dois lados.
Seu trajeto começa no Edifício Oceania próximo ao Farol de Santo Antônio - do farol para Oeste inicia-se a Baía de Todos os Santos (mar mais calmo) e vai até a praia da Paciência, no Rio Vermelho.
Era, no passado, caminho dos jesuitas, colonizadores, pescadores e outros para o Rio Vermelho onde havia uma aldeia tupinambá. Sua urbanizaçãop como avenida deu-se no governo de JJ Seabra, na sua primeira gestão entre 1912/1916, como seguimento da Avenida Sete que se encerra no largo do Farol da Barra e vai até o São Bento.
Claro, com o nome de Oceânica, com vista plena para o mar. As fotos antigas mostram esse cenário, uma parte ainda intacto, mas também já ocupado a partir do Centro Espanhol com empreendimentos imobiliários, sede da Aeronáutca, mais edificios nos morros dos Macacos e do escravo Miguel, hotéis (hoje um paredão de concreto da Moura Dubex) e por ai segue. Adiante, volta-se a ver o mar até a ponta da Sereia após a praia da Bacia das Moças. Dai até a Paciência, mais concreto.
Ainda assim é uma avenida que tem grande charme e nos últimos anos desde a década de 1990 um dos seus trechos serve como circuiro do Carnaval, o mais badalado da cidade, e que tem o nome de Dodô. Há, um trecho belíssimo nesta avenida, a área de contemplação do Morro do Cristo. Apenas no trecho de Ondina entre a Aeronautica e o Ondia Apart a fiação elétrica está embutida, o que também acontece no trecho do Calçadão da Barra.