O ParaPraia, projeto que promove banhos de mar assistidos para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, retorna em 2023 após dois anos suspenso por força da pandemia de Covid-19. O início da 8ª temporada do projeto acontece neste sábado (25) e domingo (26), a partir das 8h, na praia de Ondina, em frente ao IBR.
Realizado com o apoio da Prefeitura, através das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec) e de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), o ParaPraia já beneficiou, em anos anteriores, cerca de 3 mil pessoas de Salvador, região metropolitana e cidades do interior do Estado. Além deste fim de semana, mais dois encontros serão realizados nos finais de semana dos dias 4, 5, 11 e 12 de março, das 8h às 12h, sempre em Ondina.
Para participar da ação não é necessário agendar – basta chegar no local e efetuar um breve cadastro. O ParaPraia também vai abarcar pessoas que estão em cuidados intensivos em casa (homecare), que necessitam de ambulância ou de cuidados paliativos. Nestes casos, o banho precisa ser agendado previamente enviando mensagem por meio do perfil oficial do projeto no Instagram (@parapraia), e são montadas equipes especiais para fazer o acompanhamento.
A iniciativa conta com 240 voluntários cadastrados para esta edição. Nesta retomada, as cadeiras anfíbias e os acessórios flutuantes voltam a ser utilizados nos banhos, promovido com a assistência técnica de professores e alunos dos cursos de fisioterapia, enfermagem e educação física da instituição de ensino além de voluntários da sociedade civil. Na faixa de areia serão montadas áreas para atividades recreativas, banheiros especiais, pistas de acesso, lounges em tendas para proteção do sol e espaço para um chuveirão.
Impacto – A coordenadora do projeto, Luciana Bilitario, explica que a promoção do banho de mar assistido gera um impacto positivo não apenas nas pessoas com deficiência, mas engloba todos os envolvidos no processo. “É um projeto que deixa a inclusão visível. Essa causa das pessoas com deficiência na praia, lazer e no final de semana toma uma forma mais natural. O impacto na vida das pessoas que têm dificuldade de locomoção e precisam de auxílio para uma atividade de lazer, como o banho de mar, é imensurável”, afirma.
Luciana conta ainda que, com o projeto, o desafio de tomar um banho de mar se torna possível, arrancando sorrisos dos banhistas e de toda a equipe envolvida na ação. “Isso estimula muito outras equipes. Já recebi mensagens de profissionais de saúde do Brasil todo e de outros países da América do Sul querendo saber como fazer esse banho seguro, principalmente com quem depende de ventilação artificial. Explicamos sobre as condições do mar calmo, preparo da equipe, alinhamento com os voluntários. Acabamos mobilizando e mostrando para as pessoas que elas podem ir além, transpor barreiras e ter um olhar mais libertador na saúde”, enfatiza.
“Consolidado como um espaço de cidadania e inclusão, em que as pessoas com deficiência podem desfrutar do verão soteropolitano, nossa meta é aumentar cada vez mais o público, de forma a proporcionar momentos de alegria, prazer e acessibilidade para essas pessoas. A expectativa é de que atendamos 60 pessoas com deficiência por dia de evento, totalizando cerca de 360 beneficiados nos seis dias do projeto”, frisou o secretário da Sempre, Júnior Magalhães.