Confira as dicas da agente de saúde do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS)
Secom Salvador , Salvador |
02/06/2021 às 07:41
Castramóvel
Foto: Jefferson Peixoto/Secom
Neste cenário imposto pela Covid-19, muitos tutores ficam em dúvida sobre quais cuidados devem ter e quais produtos devem usar para que não prejudiquem a saúde dos pets. Mesmo com a atenção redobrada de higiene durante a pandemia, os banhos nos pets não precisam ser frequentes, nem é recomendado usar álcool, creolina ou outro produto desinfetante para higienizá-los.
Até o momento, não há evidências de que os cães e gatos, por exemplo, possam transmitir a Covid-19 para as pessoas. No entanto, existe sim a possibilidade dos bichos carregarem o vírus, que fica impregnado no corpo, pelos e patas. Segundo a médica veterinária Gabriela Vieira, se uma pessoa contaminada espirrar ou tossir perto do animal e o vírus ficar na pele dele, é possível, sim, transmitir para outras pessoas.
Gabriela, que é também agente de saúde do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), lembra que, ao sair com os animais para caminhadas, é importante manter o distanciamento e evitar contato com outros bichos. Ela afirma que não há estudo que confirme que eles podem contrair o vírus, e dá dicas de como fazer a higiene ao retornar do passeio.
Recomendações de limpeza – Primeiro, é preciso limpar as quatro patas com água e sabão ou produtos específicos que são encontrados em pet shops, e secar com secador ou toalha. Quem tiver e achar confortável, pode calçar as patas dos animais antes de ir passear e evitar ao máximo o uso de álcool, hipoclorito de sódio ou similares.
“Não tem indicação nenhuma de usar hipoclorito de sódio ou álcool que usamos em superfícies para higienizar os animais. Eles podem se intoxicar, se queimar, ficar com a pele mais sensível e, em casos mais extremos, pode levar até a morte”, destaca a médica veterinária.
Sobre banho e tosa higiênica, Gabriela afirma que o correto é que ocorra, no mínimo, a cada 15 dias ou uma vez no mês. “Mais do que isso não recomendo, pois pode gerar doenças de pele. Se for um animal que não saia muito ou que tenha pelo curto, até um mês dá pra segurar”.
Isso porque os animais produzem gordura natural na sua pele, que serve como forma de proteção. Então, se os banhos forem frequentes, essa proteção é retirada e podem surgir infecções, alergias e coceiras.
Caso o banho ocorra em domicílio, a especialista recomenda uso de shampoos e condicionadores neutros, com cuidados especiais com os olhos e também ouvidos para não desenvolver otite. Se o seu animal de estimação começar a espirrar, tossir ou apresentar qualquer outro problema de saúde, o médico veterinário deve ser consultado.