No dia seguinte após a divulgação da eficácia mínima de 78% da Coronavac no Brasil, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o prefeito Bruno Reis destacou nesta sexta-feira (8) que Salvador aguarda da União a distribuição das doses para dar início à estratégia de imunização na capital baiana.
O chefe do Executivo municipal reforçou que a cidade já possui o diferencial de ter elaborado um plano de imunização próprio, que será apresentado à imprensa nos próximos dias, e que irá a Brasília na semana que vem para pedir ao Ministério da Saúde prioridade para que a capital baiana receba os imunizantes.
Isso ocorre após o governo federal assinar contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da Coronavac. “Vamos ter essa vacina sem necessitar fazer qualquer investimento, de forma gratuita, como está previsto na lei de vacinação do país”, disse o prefeito, durante a apresentação do projeto Roteiro Urbano de Arte (RUA), no Comércio.
Com essa mudança de postura da União, a Prefeitura não pretende mais adquirir as 103 mil doses de Coronavac com recursos próprios, como estava previsto, e passa a conversar com outros laboratórios. A meta é garantir 340 mil doses no início da vacinação, para garantir, na primeira etapa, a imunização dos profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos em Salvador.
O prefeito voltou a reforçar que, diferentemente de outros lugares do país, Salvador está preparada para iniciar a vacinação, por isso vai pedir prioridade ao governo federal para receber as vacinas. Ainda de acordo com o Bruno Reis, a capital baiana tem no estoque 600 mil seringas e agulhas, além de freezers para armazenamento dos imunizantes
“Vamos ver quantas doses o governo federal disponibilizará na largada da Coronavac. Ontem (7), fiz contato com o governador de São Paulo, João Dória. Já existem 11 milhões de vacinas produzidas e até março serão 43 milhões. Sabemos que há uma hierarquização. Essas doses vão para os estados para, então, ser distribuídas nos municípios”, disse.
Bruno Reis comunicou, ainda, que as negociações para aquisição de vacinas de outros laboratórios continuarão. “Ontem a Janssen, responsável pela Johnson & Johnson, fechou negociação com governo federal. Após isso, a empresa poderá iniciar acordo para o fornecimento em Salvador”, concluiu.