Salvador

Salvador busca vacina segura, eficaz e aprovada pela Anvisa

Prefeitura negocia a aquisição inicial de pelo menos 380 mil mil doses com fabricantes
Secom Salvador , Salvador | 06/01/2021 às 11:09
Prefeito Bruno Reis
Foto: Valter Pontes/Secom

Salvador já faz a sua parte para garantir a vacinação da população contra a Covid-19 no menor espaço de tempo possível. Apesar da estratégia de imunização ser nacional e de responsabilidade da União, a Prefeitura não está parada, garantiu hoje (05) o prefeito Bruno Reis, durante a inauguração da Lagoa dos Dinossauros, no Stiep. 

 

Tanto que o município tem conversado com laboratórios fabricantes da vacina, de diversos países, e já tem um acordo para a aquisição de 103 mil doses da vacina Coronavac, produzida em parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac. Se houver comprovação da eficácia e autorização da Anvisa, essas doses seriam destinadas aos profissionais de saúde das redes pública e privada. 

 

A Prefeitura já reservou R$80 milhões no orçamento de 2021 para a aquisição de vacinas que sejam autorizadas pela Anvisa. "Para nós, não importa a nacionalidade da vacina. O importante é que ela seja autorizada, segura e tenha eficácia. Já temos recursos assegurados para a compra, e o ideal é que, de largada, Salvador tenha 380 mil doses para imunizar não apenas os profissionais de saúde, mas também os idosos acima de 60 anos", disse Bruno Reis. 

 

"Por isso, estamos conversando vários laboratórios. E tudo depende também da forma de pagamento, do prazo de entrega e da quantidade de doses disponibilizadas para a venda. A Moderna, por exemplo, queria vender 6 milhões de doses para Salvador, na vacina que é aplicada duas vezes para ter eficácia. Nesse caso, em função de não termos recursos suficientes para uma aquisição nesse montante, o ideal para Salvador seria nos juntarmos a outros municípios e estados para fazer uma compra conjunta. Só que a Moderna só teria disponibilidade para entregar em outubro e estamos tentando antecipar o prazo", acrescentou. 

 

O prefeito afirmou que dialoga também com outros fabricantes, a exemplo da Pfizer, e que as conversas estão adiantadas com a Johnson & Johnson. "A vacina da Johnson & Johnson é a ideal, por ser aplicada em uma única dose e ter mais de 90% de eficácia, além de poder ser guardada em uma temperatura entre dois graus e oito graus negativos, ou seja, dentro dos padrões de armazenamento de todas as nossas unidades de saúde.  Eles alegam também que o interesse deles é social, e não financeiro, além de terem ficado impressionados com nosso plano municipal de vacinação", revelou. 

 

Diálogo - Bruno Reis disse que vai solicitar audiência no Ministério da Saúde para tratar do assunto e que deve se reunir ainda essa semana com o governador Rui Costa para discutir a crise sanitária e a aquisição de vacinas. "Esperamos que, além do governo federal, é claro, o Estado também avance nas negociações com os laboratórios para a aquisição das vacinas. Para mim não importa quem vai comprar as doses, mas sim que elas cheguem o mais rápido possível", frisou. 

 

O prefeito revelou que técnicos da Prefeitura e do Estado já trabalham também em um protocolo conjunto para o retorno das aulas. "Se depender da Prefeitura, vamos continuar buscando tomar decisões em conjunto, como foi na gestão de ACM Neto. E a retomada da educação tem que ser discutida conjuntamente. A ideia é que os calendários escolares do município e do Estado sejam sincronizados. Já tivemos um grande prejuízo em 2020 e, além de recuperarmos 2020, não podemos correr o risco de perder 2021", frisou. 

 

Bruno Reis descartou no momento qualquer ação mais enérgica para ampliar o isolamento social por meio do fechamento do comércio. Ele disse que a situação ainda está controlada no que se refere à ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com a Covid-19, mas é preciso que todos estejam atentos e façam a sua parte, inclusive a população. "Não queremos ter que tomar nenhuma atitude mais dura de fechamento, mas a população precisa se conscientizar porque a pandemia não acabou. Iremos sempre estar atentos e ouvindo os técnicos e cientistas".