Salvador

Projeto tem mais de quatro mil atendimentos à população de rua

Geralmente, os atendimentos são realizados das 8h às 17h
Secom Salvador , Salvador | 26/06/2020 às 18:53
Projeto tem mais de quatro mil atendimentos à população de rua
Foto: Valter Pontes/Secom

Apenas dois meses após o lançamento, em abril deste ano, o Girassóis de Rua já contabiliza mais de quatro mil atendimentos a cidadãos em situação de rua em Salvador, através do projeto Consultórios de Rua. Idealizada pelo psiquiatra e professor Antônio Nery, a iniciativa é realizada pela Prefeitura, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e envolve equipes multidisciplinares compostas por médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.

 

A psicóloga e coordenadora dos Consultórios de Rua, Alessandra Tranquilli, explica que o projeto atua com cinco equipes distribuídas entre as regiões do Centro Histórico, Brotas, Itapagipe, Itapuã e Gamboa. “Esses locais foram escolhidos para receber os atendimentos em virtude da alta concentração de pessoas em situação de rua nestes territórios”, diz.

 

Cada equipe atua com 12 profissionais em turnos e dias alternados para atender, de maneira integral, uma maior quantidade de indivíduos. “O primeiro passo é avaliar o bairro, identificar as pessoas e saber como vamos implementar o projeto. Há uma certa resistência no início, mas, ao longo do período, conseguimos conquistar a confiança do indivíduo”, conta a coordenadora.

 

Geralmente, os atendimentos são realizados das 8h às 17h. O programa oferece os serviços de teste de gravidez, glicemia, doença sexualmente transmissível (DST), hepatite, curativos, aferição arterial e demais serviços que se adequem na rua.

 

“A maioria dos atendimentos foram de indivíduos que possuem feridas nos dedos inferiores, problemas de pele e, em alguns casos, até mesmo tuberculose. Após analisar o estado do indivíduo, ele recebe todo o tratamento em nosso consultório na rua. Quando se trata de algo grave, como problemas respiratórios, a pessoa é encaminhada para uma unidade básica de saúde”, complementa Alessandra.