Salvador

Circuito Mestre Bimba faz Nordeste de Amaralina ferver no Carnaval

A folia no bairro começou desde a quarta-feira (19)
Secom Salvador , Salvador | 24/02/2020 às 12:10
Circuito Mestre Bimba faz Nordeste de Amaralina ferver no Carnaval
Foto: Mauro Akin Nassor/Secom

Na Rua Mestre Bimba, que dá nome a um dos circuitos carnavalescos de Salvador, no Nordeste de Amaralina, diversas famílias acompanham o vai e vem dos minitrios. A folia no bairro começou mais cedo, desde a quarta-feira (19), e, de lá para cá, o que se vê é gente de todas as idades curtindo o som e os desfiles de blocos e agremiações locais.

  Uma das foliãs mais animadas, neste domingo (23), era a cozinheira Ana Augusta Santana, que comprou abadás do bloco Pirulito para os filhos, os netos e ainda convenceu as vizinhas. “Eu trabalho todos os dias, só consigo brincar hoje e nem preciso sair do bairro”, disse.

  Ao longo do percurso, apartamentos e casas foram transformados em camarotes. A família Ribeiro chegou a criar o“chuveirão da folia”para refrescar o folião. Já a professora Tatiane Sampaio utilizou a mangueira instalada na varanda para abastecer as pistolas de plástico da criançada. “A conta de água vem mais cara, mas é por uma boa causa”, disse, em tom de brincadeira, enquanto aguarda a passagem de um minitrio.

Festa consolidada - O Carnaval do Nordeste de Amaralina foi criado com iniciativa dos moradores. Em 2012, a festa no local foi oficializada pela Prefeitura, para a satisfação dos fundadores de tradicionais blocos da região.

  Durante o Carnaval, o comércio do bairro muda de cara. Em cada canto, o que se vê  é um vendedor ambulante. A comerciante Daniela Gonçalves, que é sócia de um pequeno armarinho, incrementou o estoque para agradar a clientela.  “Vendo de tudo um pouco: guaraná, máscaras, perucas, espuma de Carnaval. Espero lucrar como no ano passado”, relatou. A catadora de latinhas Itanaildes Santos também mostrou otimismo com “o dinheiro a mais”.

  Fama - O Circuito Mestre Bimba, que recebeu o nome em homenagem ao criador da capoeira regional, vem atraindo inclusive foliões que não vivem no bairro. É o caso da aposentada Ana Maria Santos, que mora de São Cristóvão. “Me disseram que a festa  aqui era boa. Estou achando maravilhosa. Já estou pensando em me mudar para cá”.

  A estimativa dos organizadores é que, diariamente, 45 mil pessoas ocupem as ruas do circuito até o final do Carnaval.