De Cajazeiras ao Subúrbio Ferroviário. Da orla Atlântica à Baía de Todos-os-Santos. Da Cidade Alta à Baixa. Salvador virou um grande canteiro, que ganhou uma nova obra na quinta-feira (21), quando o vice-prefeito Bruno Reis autorizou o início da requalificação do Corredor da Vitória. Em parceria com a iniciativa privada, as intervenções contam com investimento de R$ 3,3 milhões, como contrapartida do Condomínio Mansão Wildberger.
A requalificação da Vitória vai melhorar a mobilidade urbana na região central da capital baiana, no trecho de 1.200 metros da Avenida Sete de Setembro, ligando os bairros do Campo Grande, Graça e Barra. A localidade é conhecida pelo grande fluxo de pedestres e ciclistas, que serão priorizados, conforme estabelece o projeto elaborado pela Fundação Mario Leal Ferreira (FMLF).
De acordo com Bruno Reis, as intervenções levam em consideração a história da região, mas também seguem a orientação moderna de ampliar os espaços urbanos para o uso das pessoas. “Esse é um conceito mundial, que começou lá atrás, com o arquiteto Gehl, em Copenhague. Seguimos essa tendência na Miguel Calmon, no Comércio, assim como na Pituba, com o projeto de trânsito calmo. E estamos fazendo o mesmo no Corredor da Vitória e no Jardim Brasil”, afirmou.
Do lado direito, segundo o projeto da Fundação Mário Leal Ferreira, o passeio que fica no sentido Campo Grande-Barra será ampliado, ganhando uma ciclovia compartilhada no mesmo nível, permitindo que as pessoas pedalem ou caminhem com mais facilidade pelo trecho. A calçada do lado oposto também passará por obras de pavimentação.
Com previsão de conclusão estimada em quatro meses, as intervenções estão sendo executadas pela AJ Construtora, contemplando serviços de drenagem e paisagismo. O projeto assegura também a manutenção de todas as árvores existentes na localidade. “Vamos implantar ainda iluminação em LED e ciclovia compartilhada”, asseverou Bruno Reis, ao lado dos vereadores Pedro Godinho, Sérgio Nogueira e Paulo Magalhães Júnior.
De acordo com a presidente da FMLF, Tânia Scofield, o projeto do Corredor da Vitória dá continuidade à requalificação da Avenida Sete, desde a Barra até a Rua Chile. As intervenções, segundo Scofield, irão preservar a calçada em pedra portuguesa e garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida ou com dificuldade de locomoção.
As obras serão custeadas com recursos privados. “A Mansão Wildberger queria usar uma área de servidão administrativa da Prefeitura para construir um píer. E eu negociei uma contrapartida de R$ 5 milhões para a cidade. Esses recursos irão bancar toda a revitalização do Corredor da Vitória e do Jardim Brasil. Vamos fiscalizar o andamento das intervenções para manter o padrão da melhor gestão do país”, explicou Bruno Reis.