Entre os meses de junho a setembro, o inverno marca presença em Salvador com chuvas e fortes ventos. Nesse período, a corrente marítima está mais forte e, apesar do número maior de ocorrências acontecer no verão, é nessa época que o número de vítimas fatais aumenta. A previsão é de que, até esta quarta-feira (7), os ventos cheguem a 74 km/h. Por isso, vale redobrar a atenção e ficar atento às orientações e cuidados.

“O ideal é não entrar no mar nesse período. O melhor é ir em dias com menos chuvas e evitar locais onde desembocam os rios. Isso é muito comum nas praias de Salvador. Nessa época, aumenta a evasão das chuvas, os rios ficam cheios e desembocam no mar. Com isso, aumenta o grau de poluição. A consequência são doenças como micose, hepatites, alergias, coceira, entre outras”, alerta o chefe do setor de Salvamento da Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar), Januário Brito.

A recomendação para os banhistas é não menosprezar as forças das marés e ficar na beira da praia. Para quem decide passar o dia com os pequenos à beira-mar, Januário dá algumas orientações. “Primeiro, é extremamente importante ter uma pulseirinha de identificação, com nome da criança, do responsável e um número para contato. Outro ponto é buscar orientação com o salva-vidas mais próximo sobre o local adequado para banho. Vale salientar que a responsabilidade com as crianças são dos pais e/ou responsáveis”, pontua.

Balanço – De janeiro até agosto deste ano, o órgão registrou 634 ocorrências, com cinco vítimas fatais. O maior índice de ocorrências ocorrem nas praias de Jardim de Alah, Jaguaribe, Piatã, Itapuã, Stella Maris e Flamengo.

Em todo o ano de 2018, foram registradas 990 ocorrências e duas mortes, uma na Praia do Flamengo e outra no Corsário. A Salvamar tem um efetivo de 239 salva-vidas, que atuam em 32 postos distribuídos entre Jardim de Alah a Ipitanga.