Em operação padrão com as polícias militar, civil e técnica, técnicos da Embasa identificaram e retiraram, ontem (21), uma ligação clandestina que desviava água da rede distribuidora e abastecia um imóvel com 13 estabelecimentos comerciais (espaço para eventos, loja de fabricação de extintores e oficina, entre outros) e duas residências na avenida Vasco da Gama, na região do Acupe de Brotas.
A Embasa já havia executado outros cortes para impedir o abastecimento de forma irregular no centro comercial, sendo o último em setembro deste ano. O débito atualizado do imóvel com a empresa já está em torno de R$ 500 mil, uma vez que há mais de 13 anos os responsáveis não pagam pela água consumida.
Desta vez, foi feita uma reabertura indevida pelos fundos do imóvel. A fraude foi retirada, com extração de todo o ramal clandestino e isolamento da tubulação, tendo também o imóvel sido autuado. O proprietário compareceu espontaneamente na delegacia para prestar os devidos esclarecimentos.
Ações fraudulentas envolvendo a utilização da água distribuída pela Embasa são responsáveis pelo desvio de cerca de dois bilhões de litros de água por mês, em Salvador e Região Metropolitana (RMS). De janeiro a agosto de 2018, foram identificados mais de 35 mil imóveis com indícios de irregularidade, sendo que 37% dos casos foram confirmados em campo. Em 2017, o prejuízo com as fraudes na rede distribuidora foi da ordem de R$ 100 milhões.
Qualquer intervenção no hidrômetro e na rede da empresa com o intuito de furtar água é crime e o infrator está sujeito ao cumprimento das penalidades previstas na legislação vigente. De acordo com o Artigo 155 do Código Penal Brasileiro, a prática de furto de água é qualificada como crime contra o patrimônio, sujeita a pena de reclusão além de multa. O usuário que estiver nessa situação deve procurar um ponto de atendimento da empresa e regularizar sua ligação, evitando problemas e corte no abastecimento do imóvel.