Com a proposta de sensibilizar e conscientizar o professor em sala de aula para saber lidar com os estudantes com deficiências e/ou transtornos, a Secretaria da Educação do Estado, deu início, nesta terça-feira (28), no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT),  ao curso “Inclusão em pauta”. Serão certificados 200 docentes (sendo 170 da rede estadual e 30 da rede municipal) ao final da formação, que prosseguirá em módulos até novembro. A capacitação está sendo realizada de forma presencial e por meio de videoconferências para educadores ligados aos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE).

Os temas do primeiro momento do curso giraram em torno dos fundamentos legais, dos princípios pedagógicos e os objetivos da Educação Inclusiva. A advogada e blogueira Amanda Ferretti, que é deficiente visual, palestrou sobre os avanços e perspectivas da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). “É muito importante estarmos aqui hoje para apresentar a LBI, que é um assunto pouco falado e precisamos divulgá-lo. Essa lei já está em vigência há quase três anos e poucas pessoas a conhecem e o capítulo da Educação Inclusiva é menos aplicado ainda”.

O conteúdo trabalhado também tratou das altas habilidades e do “Pra Cego Ver”, recurso de acessibilidade para as redes sociais, uma criação de Patrícia Braile, coordenadora da Educação Inclusive do Estado, que pode ser usada, também, em sala de aula e em qualquer outro espaço que caiba acessibilidade. Acompanhado de professores do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual, o diretor da unidade, River Carvalho, falou da formação. “Estamos aqui participando deste curso na perspectiva de beber na fonte da Educação Inclusiva, com o entendimento de que a escola comum precisa se qualificar como uma entidade inclusiva, contribuindo para uma sociedade inclusiva para que se rompa com uma série de preconceitos, e aí precisamos falar do professor que, nesse diálogo, passará a ter um entendimento maior”.

O superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação, Ney Campelo, falou sobre a metodologia aplicada. “Esta formação está sendo desenvolvida em parceria com o IAT e traz a novidade da oferta à distância, ampliando a possibilidade de participação de professores que serão certificados com temáticas novas, como a produção editorial acessível”, afirmou.

Entidades parceiras – Participam da formação, as seguintes entidades: Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia; Centro de Educação Especial da Bahia (CEEBA); Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP); Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez Wilson Lins (CAS/BA); Instituto de Cegos da Bahia e Colégio Estadual Vitor Soares.