Salvador possui mais de 200 quilômetros de vias exclusivas para bikes
Da Redação , Salvador |
02/08/2018 às 19:28
Os ciclistas estão por toda parte da cidade
Foto: Jefferson Peixoto
Usar bicicleta para se deslocar entre um roteiro e outro é opção de muita gente que prefere abrir mão de veículos motorizados para pedalar em Salvador. Seja por opção de transporte ou mesmo alternativa saudável para o lazer do dia a dia, quem usa bike na cidade encontra diversas alternativas para praticar o esporte ou se divertir pedalando pelos 217,56 km quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Desse número de malha cicloviária, 144,16 km foram implantados pela Prefeitura, desde 2013, e apenas 73,40 km pela instância estadual.
Antes desse período, a cidade contava somente com 13,8 km oriundos da gestão municipal e 34,8 km de malha estadual. O crescimento é resultado do esforço da Prefeitura em fornecer mais opções de lazer para soteropolitanos e turistas, a partir da recuperação, modernização e ampliação do espaço público, por meio de ações pontuais e do trabalho integrado entre os órgãos de trânsito, mobilidade e turismo.
As áreas destinadas aos ciclistas estão à disposição da população em diversos trechos da orla e nas principais avenidas da capital, dispostas tanto nas vias principais como nas marginais, exemplo da ACM, Barros Reis, Juracy Magalhães Jr., Paralela e Afrânio Peixoto (Suburbana) - esta última possui a mais extensa ciclovia já realizada pela Prefeitura, com 28 km.
A Transalvador projeta implantar mais 35 km de rede cicloviária na capital baiana até o final de 2018, incluindo em pistas de grande movimento, como a Avenida Luís Eduardo. Para isso, a autarquia municipal está em processo de estudos para a redução da velocidade da via, que hoje é de 80km/h.
Diferenças - Similares na utilização, ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas podem ser definidas de acordo com a interação com o meio. Enquanto as ciclovias são espaços dedicados exclusivamente para a prática do ciclismo, geralmente segregada dos demais veículos que compõem o trânsito de determinado lugar, as ciclofaixas são pintadas no asfalto, sem a necessidade de separação física entre as vias para automóveis e bicicletas. Nas ciclorrotas, entretanto, carros e bicicletas trafegam juntos, com sinalização horizontal e vertical que informe com clareza a existência de ciclistas nos locais.
Fiscalização - Em todo o ano de 2017, 1.859 veículos foram notificados por estacionar irregularmente em ciclovias e ciclofaixas. No primeiro semestre do ano passado, foram 922 autuações por esse motivo, contra 761 no mesmo período de 2018. A Transalvador também emitiu 1.345 notificações a veículos que transitaram nessas vias exclusivas para bicicletas em todo o ano passado; no primeiro semestre de 2017, foram 920 autuações por esse motivo, frente a 352 no mesmo período deste ano.
Estacionar sobre ciclovia ou ciclofaixa é infração grave, com multa no valor de R$195,23 e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já transitar com carros e motos nessas áreas configura infração gravíssima, agravada três vezes, com multa no valor de R$880,41 e 7 pontos na CNH.