Grupo usava nome de médicos famosos para obter os medicamentos
Da Redação/com SSP , Salvador |
22/08/2017 às 13:00
Alisson Souza, Flávia Peçanha, Geniff loise e Flávio Santos foram presos
Foto: SSP
Envolvidos num esquema que utilizava nomes e registros de três médicos conceituados de Salvador para adquirir ampolas de botox e anabolizantes, dois homens e duas mulheres foram apresentados à imprensa, nesta segunda-feira (21), pelos delegados Adailton Adan e Glória Isabel Ramos, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCC). Os produtos eram revendidos de forma ilegal e renderam à quadrilha cerca de R$ 1 milhão.
Alisson Souza de Araújo, Flávio dos Santos Fraga, Flávia Peçanha Martins de Cavalcanti e Geniff Loise Batista Coutinho, foram presos, na sexta-feira (18), por equipes do DCCP, responsável pela investigação. Foram apreendidas 367 ampolas contendo botox de diversas marcas, 405 micro agulhas para aplicação do produto, ampolas contendo anabolizante, diversos aparelhos para rejuvenescimento facial, carimbos, receituários e cartões de crédito com os nomes dos médicos. Todo material estava nas residências dos presos, em diferentes bairros da cidade.
Segundo a delegada Glória Isabel Ramos, as investigações começaram há seis meses, quando um dos médicos procurou a polícia para denunciar que estava sendo cobrado por uma distribuidora sobre a compra de ampolas de botox que ele não havia feito. As receitas apreendidas eram utilizadas na compra de anabolizantes que também eram revendidos.
A delegada informou ainda que os investigadores chegaram a se instalar num apartamento, no Jardim Armação, para monitorar os passos da quadrilha. Maria Ledaiane Andrade Cruz, outra envolvida no esquema criminoso, foi liberada pela Justiça, por estar amamentando seu bebê de quatro meses, e não participou da apresentação.
Durante as investigações, o DCCP descobriu que Alisson e Flávio eram os responsáveis por efetuar a compra pela internet das caixas de botox, com valor médio de R$ 600, de fornecedores de diversos estados. Geniffera a responsável por receber e guardar a mercadoria em sua residência, em Armação. Já Flávia e Maria ficavam responsáveis por oferecer os produtos a clínicas de estética e também para pessoas físicas por até R$ 2 mil.
A venda de botox só pode ser feita diretamente aos profissionais de medicina ou odontologia, com o uso do registro profissional. O próximo passo da investigação é apurar se as pessoas que adquiriram os produtos sabiam que se tratava de um esquema criminoso. Alisson, Flávio, Geniff, Flávia e Maria foram autuados em flagrante por associação criminosa e falsificação de documento particular.