Salvador

OLODUM lembra heróis de Búzios e promove marcha no centro de Salvador

Uma belissima festa da cidadania baiana
Tasso Franco , Salvador | 13/08/2017 às 16:04
Marcha pela Avenida Sete até a Praça da Piedade
Foto: BJÁ
    O Bloco Afro Olodum mantém viva a memória das lutas libertárias da Bahia, celebrando todos os anos a Revolta dos Búzios, também chamada de Revolução dos Alfaiates ou Sedição de 1798, cujos ideais incorporavam o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, da Revolução Francesa. E, nesta tarde de domingo, sob o comando de João Jorge Rodrigues, presidente da entidade, integrantes do Olodum desfilaraam do Pelourinho a Praça da Piedade para prestar uma homenagem a Lucas Batista, Luis Gonzaga da Virgem, Manoel faustino e João de Deus.

 Os rebeldes da Cidade da Bahia incluíam em sua bandeira de lutas o fim da escravidão, no que se mostraram mais avançados do que os inconfidentes mineiros. Os ideais da Revolta dos Búzios seriam assumidos poucas décadas depois por combatentes da guerra pela Independência do Brasil na Bahia, vitoriosa no dia Dois de Julho de 1823.

Neste domingo, 13, no Pelourinho e na avenida Sete, o Bloco Olodum promoveu a Festa da Revolta dos Búzios, 2017, abertura das celebrações anos da Revolta dos Búzios ocorrida entre 12 e 25 de agosto de 1798.   

  A Revolta dos Búzios é o marco zero dos Direitos Humanos no Brasil e envolveu negros, mestiços e brancos em prol da igualdade e liberdade no Brasil, foram condenados a morte: João de Deus, Lucas Dantas, Manuel Faustino, Luis das Virgens, em 1799 na praça da Piedade.   

O Olodum desde 1984, celebra este fato histórico relevante, cujos documentos comprobatórios estão o arquivo publico da Bahia, por entender que a historia atual da luta por Direitos da igualdade tem muito haver com a Revolta  dos Búzios, a luta por liberdade religiosa, a luta dos jovens por cotas nas universidades, e a luta contra violência civil e publica.    

O presidente da entidade, João Jorge Rodrigues, diz que é uma data muito importante para a história do Brasil e não pode ser esquecida.