Salvador

SALVADOR 486 ANOS: Monumento no Morro do Cristo, Barra, será tombado

O lugar é um mirante visitando por baianos e turistas e também ponto de contro de garotos de programa
Da Redção/ FGM , Salvador | 28/03/2017 às 10:52
Morro do Cristo
Foto:

Dia 29 de maço, às 17h, acontece o ato solene que oficializa ao Tombamento do Monumento em homenagem ao Cristo Salvador, na Barra, com base na Lei de Preservação do Patrimônio Cultural do Município (8.550/2014).

A Estátua de Jesus – o Salvador foi indicada por traduzir-se numa obra de caráter religioso, resguardando valores da cultura local, além de simbolismos como: bênçãos à cidade, fé cristã, proteção e paz. Outro argumento de significativa relevância está na proximidade do centenário de sua existência, o que lhe reserva mérito histórico e artístico. 

 O Monumento que está próximo de completar seu primeiro centenário, foi inaugurado no dia 24 de dezembro de 1920, data em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus Cristo. Projetado e executado em mármore de Carrara pelo escultor italiano Pasquale de Chirico (1873/1943) na cidade de Gênova/Itália, foi implantado originalmente no Morro do Camarão, na Barra, onde posteriormente foi instalada a Prefeitura da Aeronáutica. 

Por tratar-se de área militar, considerada de segurança nacional com cesso controlado, foi transferido em 1967 para a pequena elevação, atualmente conhecida como “Morro do Cristo da Barra” . 

A estátua foi montada sobre um pedestal incrustado com pedras de cristal de rocha da Chapada Diamantina, que lhe conferiu um aspecto rústico e natural, contrastando com o mármore italiano de Carrara da estátua. Um fato histórico importante aconteceu em 1924, quando a o “Cristo da Barra” recebeu a visita do herdeiro do trono italiano, o Príncipe Umberto de Savoia. 

O monumento foi um presente ofertado à Cidade do Salvador pelo Conselheiro José Botelho Benjamin, promotor na Comarca de Lavras Diamantinas e juiz da Comarca de Valença, radicando-se em Salvador a partir de 1898, onde faleceu. Pasquale de Chirico fixou-se na cidade de São Paulo em 1893, aos 20 anos de idade, mudando-se para Salvador em 1903, a convite do engenheiro Theodoro Sampaio para esculpir o conjunto escultórico do entorno do anfiteatro da nova sede da Faculdade de Medicina da Bahia, por ele projetada e construída, onde viveu 40 anos vindo a falecer no seu atelier em 1943.

 Exerceu cátedra de Escultura na Escola de Belas Artes da Bahia e foi autor das mais importantes esculturas implantadas em Salvador na primeira metade do século XX, sendo a maioria executada em bronze: Busto do Padre Manoel da Nóbrega (1914), Estátua do Barão do Rio Branco e Base do Relógio de São Pedro (1919), Busto do General Labatut e Estátua de Castro Alves (1923), Estátua do 8º Conde dos Arcos (1931), Estátua do Visconde de Cairú (1932), Estátua de D. Pedro II (1937), Busto de D. Pero Fernandes Sardinha e Estátuas dos Irmãos Vitorino Pereira (1944), dentre outras.