Graças a festa do Bonfim fizeram a vistoria
Da Redação , Salvador |
08/01/2017 às 20:06
Cinquenta agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) fizeram um mutirão de limpeza no bairro do Bonfim para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, durante a semana passada. A ação visitou cerca de 600 imóveis e se estenderá nesta segunda-feira (09) no bairro da Ribeira, com parceria da Limpurb e Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps).
Os colaboradores envolvidos realizaram visitas nas casas, orientando moradores sobre como evitar focos do mosquito, além de trabalhos de manejo ambiental, limpeza de boca-de-lobo, remoção e descarte de lixo ou quaisquer outros materiais que possam se tornar criadouros do Aaedes aegypti. A região foi escolhida porque aponta um alto índice de infestação, registrando cinco pontos de foco para cada 100 casas visitadas, e como uma ação preventiva para a Lavagem do Bonfim.
“Esse alto índice se deve a muitos fatores: população jogando lixos nas ruas; moradores que deixam água acumulada dentro de casa sem a preocupação de um possível foco; região de muita vegetação e casas antigas, que reúnem entulhos”, explicou a subgerente do CCZ, Ana Galvão. Ela ressaltou ainda a importância da inciativa, às vésperas das festas populares. “A grande aglomeração de pessoas durante a festa do Bonfim pode aumentar o índice de pessoas infectada pelo mosquito”, concluiu. Em 2016, a Vigilância Epidemiológica registrou 1.073 casos de dengue, assim como 178 de chikungunya e 80 de zika em Salvador.
Ajuda – O trabalho dos agentes é de extrema importância no combate ao mosquito, mas será nula se não houver a colaboração da população. Algumas medidas podem ser tomadas no dia a dia, e não custa relembrar: não deixar água parada em pneus fora de uso; não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência; não deixar a água parada nas calhas da residência. É preciso remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.
A vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada. É preciso deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia. Caixas de água devem ser limpas constantemente, mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água. Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar.
As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas. Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo fechados.
Não se deve também descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada. As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária. Sempre que observar alguma situação (que você não possa resolver), avisar imediatamente a um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.