Salvador

BURACÃO que interditou rua em Brotas foi provocado p/ esgoto irregular

Lançamento indevido de esgoto danifica rede de drenagem em Brotas
Agecom , Salvador | 01/11/2016 às 17:50
Lançaram o esgoto na rede de drenagem e melou tudo
Foto: Jefferson Peixoto
A Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) estima que 80% da rede de drenagem responsável por captar as águas das chuvas em Salvador tem sido afetada pelo lançamento indevido de esgoto, proveniente de casas e de estabelecimentos comerciais. A Rua Amado Coutinho, em Brotas, por exemplo, é um dos pontos da cidade onde parte da estrutura foi comprometida.

Desde segunda-feira (31), uma equipe da Seman deu início aos serviços para recuperação da rede no bairro. A tubulação metálica por onde passa a água da chuva foi danificada por causa do esgoto clandestino lançado. “É uma rede antiga, que esta há nove metros de profundidade. Os ácidos presentes no esgoto corroeram a estrutura”, explica o diretor de Operações da Seman, Luciano Sandes.

A rua possui rede de saneamento, mas ainda assim ocorre o despejo irregular na rede de drenagem. Ao todo, 30 metros da estrutura metálica serão substituídos por material rib loc - PVC armado. A equipe de manutenção vai fazer o escoramento da vala e utilizar uma gaiola para realizar a intervenção. A previsão para o fim do serviço é de 15 a 20 dias, e o custo da obra é de R$ 400 mil.

A rede de drenagem capta, através das bocas de lobo, a água da chuva que é canalizada por tubulações e despejada em corpos d’água - rios e riachos da cidade. Por isso, é necessário que os moradores e comerciantes procurem a regularidade do despejo de esgoto na devida rede sanitária, evitando, assim, a degradação do meio ambiente.

Embora a impregnação de esgotos domésticos por lançamento clandestino ocorra geralmente em bairros periféricos, onde o saneamento básico é precário, ou em áreas onde a geomorfologia é mais acentuada, a situação também é vista em bairros nobres como Barra, Rio Vermelho, Pituba e Itapuã.

Fiscalização - Amparada na Lei 5503/99 do Código de Polícia Administrativa do Município, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), fiscaliza residências, estabelecimentos industriais e comerciais, que depositem ou encaminhem para as praias, rios, lagoas ou reservatórios de água, resíduos ou detritos provenientes de suas atividades. O responsável pelo despejo irregular pode pagar entre R$ 1 mil a R$ 5 mil de multa.