Com informações do Correio
Da Redação , Salvador |
01/07/2016 às 18:13
Anna Nogueira, 71 anos, foi socorrida com vida
Foto: Marina Silva
Um homem é suspeito de ferir com uma viga de madeira a mãe adotiva, Anna de Vecchi de Castro Nogueira, 71 anos, e matar a irmã, também adotiva, Edith Gomes da Paz, 56, na manhã desta sexta-feira (1º), em um apartamento no bairro da Graça.
Um vizinho da família, Ricardo Pereira, 35 anos, morador do 10º andar, disse que o suspeito, Boaventura Oliveira Santos, 48 anos, aparentava sofrer de problemas mentais. Lelo, como era conhecido, morava no prédio há cerca de sete anos. No apartamento, viviam apenas ele, Anna e Edith.
Outro vizinho, que não quis se identificar, contou ao CORREIO que o crime foi descoberto após uma outra filha de Ana, que não mora no prédio, ligar para o porteiro e pedir para ele ir até o apartamento. Ela estaria desde cedo tentando falar com a mãe pelo telefone, porém, não foi atendida e por isso pediu ajuda ao funcionário do prédio. Ambos os vizinhos disseram que não ouviram gritos.
Já um funcionário do prédio contou que o crime ocorreu durante a madrugada. Segundo ele, quando a empregada da família chegou para trabalhar ninguém abriu a porta. A polícia confirmou a versão: sem que ninguém atendesse à campainha nem ao telefone, a moça entrou em contato com uma filha de dona Anna, que está em viagem a São Paulo. A filha também não conseguiu contato com a mãe e autorizou que o porteiro arrombasse a porta do apartamento.
Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Líbio Otero, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito teria atacado as vítimas em momentos diferentes, cada uma sem seu quarto. "Aparentemente aconteceu de madrugada ou no final da noite, porque o corpo da Edith estava em estado de rigidez cadavérica. Não tinha bagunça, elas estavam cada uma em um quarto, deitadas. Provavelmente estava dormindo", disse.
Ainda de acordo com o delegado, foi encontrada uma carteira de atendimento do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira em nome de Boaventura. A polícia disse ainda que após cometer o crime, o suspeito teria fugido do prédio. No entanto, até o momento, não há informações sobre o seu paradeiro.
Até as 17h desta sexta-feira (1º), dona Anna continuava internada no Hospital Geral do Estado (HGE). O estado de saúde dela não foi divulgado.