O Projeto Axé e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), acertaram hoje (28) pela manhã, na sede do órgão estadual, na Praça da Sé, parceria para reformas em três imóveis localizados na esquina da Rua das Laranjeiras com a Rua Inácio Accioly, no Pelourinho. No encontro, estiveram presentes o presidente do projeto, Cesare de La Rocca, o seu coordenador, Helmut Schned, e o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. Os imóveis são propriedade do Estado, administrados pelo IPAC e ocupados pelo Projeto Axé há 21 anos. Será instalada cobertura fixa num pátio à céu aberto e realizados serviços prediais em vários cômodos. Os recursos totalizam cerca de R$ 210 mil vindos de doadores da Áustria.

“Esta é mais uma obra que realizaremos através do Sistema de Parcerias do IPAC”, afirma João Carlos. Segundo ele, em função dos contingenciamentos, o IPAC tem feito parcerias com organizações não-governamentais, comunidades, prefeituras municipais e paróquias de igrejas. “O IPAC disponibiliza operários, especialistas e ferramentas, enquanto os parceiros conseguem recursos para compra de materiais”, explica o gestor estadual. No mesmo formato estão sendo feitas obras nas igrejas de Brotas (Salvador), de São Miguel (Itacaré) e do Miradouro (Xique-Xique). A restauração de bens móveis do Convento dos Humildes, em Santo Amaro, e imagens sacras na cidade de Palmas de Montes Altos, também participam das parcerias do IPAC. 

“O Axé recebe apoio financeiro do Governo do Estado, do projeto Criança Esperança, além de doações como € 50 mil (cinquenta mil euros) anuais da Áustria e € 230 mil (duzentos e trinta mil euros) da Itália”, relata o coordenador Helmut Schned. O projeto tem sede na Avenida Estados Unidos (Comércio), com unidades no Pelourinho e Baixa dos Sapateiros. Com 25 anos, o Axé é uma organização não-governamental que atende 1,2 mil adolescentes e crianças por mês, com orçamento anual de R$ 4,5 milhões.

R$96 MIL/ANO – Ainda na primeira quinzena de abril, equipe especializada do IPAC fará visita técnica ao prédio da Rua das Laranjeiras para vistoriar e fotografar o local. O IPAC é vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), coordena a política de patrimônio cultural e administra mais de 200 imóveis no Centro Histórico de Salvador.

O IPAC já apoia o Axé com a autorização de uso desses imóveis, que estão com valor de mercado de R$8 mil/mês e totalizam R$96 mil/ano. Em troca, o projeto atende gratuitamente crianças e adolescentes em situação de risco social.  No local, o Axé faz ações pedagógicas de música e artes visuais, além de dispor de loja no térreo.

Segundo João Carlos de Oliveira, a intenção do IPAC é ampliar essa parceria para ocupar outros imóveis. “Ao capacitar jovens com arte-educação em situação de vulnerabilidade social para inserção no mercado de trabalho, o Projeto Axé salva vidas”, afirma o dirigente estadual. Dados sobre o Axé via telefone (71) 3242-5912 e endereço protejoaxe@projetoaxe.org.br. Acesse o site www.ipac.ba.gov.br, facebook 'Ipacba Patrimônio', twitter '@ipac_ba' e instagram ‘@ipac.patrimonio’.