Salvador

CARNAVAL: Número de atendimentos por traumas na face cresce 141%

Dos 1393 atendimentos realizados até a manhã deste sábado (06) nas unidades de saúde dos circuitos, 13,5% foram de bucomaxilofacial
Agecom , Salvador | 06/02/2016 às 14:47
José Antonio, secretário da Saúde, o "fato não nos surpeende"
Foto: Arthur Garcia
Os módulos assistenciais à saúde instalados pela Prefeitura nos circuitos do Carnaval receberam desde o início da festa 188 vítimas que precisaram ser atendias por equipes de cirurgiões bucomaxilofacial. O número cresceu 141% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 78 atendimentos. O módulo Farol da Barra liderou as ocorrências com 42 intervenções, seguido do Shopping Barra com 28, Montanha com 23 e Sabino Silva com 20 atendimentos.

O número total de atendimentos (1393) cresceu 21% em relação a 2015 (1151). Deste total, 67,7% foram clínicos, 13,5% bucomaxilofacial, 7,1% cirúrgicos, 9,2% ortopédicos e 2,5% de enfermagem. “Tivemos um dia a mais de festa, o que pode estar relacionando com este aumento de casos. Mas, o que de fato tem nos surpreendido é o crescimento dos episódios de violência, sobretudo os casos de agressões físicas e por arma branca, que têm encabeçado os registros de atendimentos nos circuitos", declarou José Antonio Rodrigues Alves, secretário municipal da pasta, em coletiva realizada hoje pela manhã na Sala de Imprensa Oficial do Carnaval.

Em relação aos atendimentos realizados nos postos dos circuito, Barra/Ondina respondeu por 66% dos atendimentos, Campo Grande 31% e Pelourinho com 3%. O Posto Farol da Barra liderou em número de atendimentos (305) e, quando comparado ao ano anterior (172), houve acréscimo de 77,3%, seguido do Sabino Silva (171), Ademar de Barros (167), Shopping Barra (152) e Piedade (149).

As principais causas de atendimentos foram agressões físicas (210), intoxicação alcoólica (172), cefaléia (110), dor de membros inferiores (103) e agressão por arma branca (93). O circuito Barra/Ondina registrou 62,9% das ocorrências por agressão física, seguido do Campo Grande, com 36,7%.

A maioria das ocorrências predominou na faixa etária de 20 a 29 anos com 521 atendimentos (37,4%), seguida de 30 a 39 anos com 311 (22,3%). Do total de atendimentos prestados, 791 (56,8%) foram para usuários do sexo masculino, registrando acréscimo de 19% em relação ao ano anterior. Houve 50 transferências das unidades dos circuitos: 32% (16) foram para a UPA Vale dos Barris e 28% (14) para o Hospital Geral do Estado (HGE)

Casos graves - Por volta das 23h de sexta-feira (05), um folião pipoca, de 35 anos, foi encontrado já sem vida em Ondina e conduzido ao módulo Ademar de Barros pela polícia. O corpo apresentava dois ferimentos por arma branca na região cervical e tórax, além de pequeno trauma em face. Ainda na noite de sexta, um homem de 23 anos foi alvejado no pescoço por arma de fogo na Barra e, após ser estabilizado na unidade municipal do circuito, foi encaminhado para o HGE.

Um outro jovem de 18 anos foi agredido com quatro facadas nos braços e nas costas no Relógio de São Pedro, e, após ser atendido por profissionais da Prefeitura no módulo da Montanha, também foi removido para uma unidade hospitalar.