Salvador

GREVE NA SAÚDE: reunião com secretário Fábio pode encerrar movimento

Grevistas farão vigília em frente ao prédio da Sesab, no CAB
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 04/08/2015 às 21:51

A greve dos servidores estaduais da saúde, iniciada dia 17 de julho, pode terminar nesta quarta-feira, 5, após reunião entre o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, com dirigentes do Sindsaúde-BA e representantes do comando do movimento. O encontro está marcado para começar às 14 horas, na sede da Sesab (CAB), onde os grevistas farão uma vigília em frente ao prédio, pressionando por avanços nas negociações.

Além de decidir pela continuidade do movimento a assembleia da manhã desta terça-feira, 4 no Ginásio de Esportes dos Bancários, aprovou, por unanimidade, a realização de manifestação na Assembleia Legislativa, às 9 horas de quinta-feira, 6, para pedir o apoio dos deputados. O presidente do Sindsaúde, Sílvio Roberto dos Anjos e Silva, sugere que a Comissão de Saúde da ALBA promova sessão especial para discutir a situação da categoria e do SUS na Bahia.

O Sindsaúde vai promover também nesta quarta-feira, 5, a partir das 9 horas, a mesa-redonda “O momento atual do SUS na Bahia”, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA. Em pauta o modelo assistencial e de gestão, regulação, regionalização, a proposta dos consórcios de saúde e valorização dos trabalhadores.

De acordo com o sindicato a categoria está com os ânimos acirrados em função da judicialização do movimento pelo governo, que pediu a decretação da ilegalidade logo no segundo dia da paralisação, e dos cortes dos dias parados já nos vencimentos de julho, além dos cortes no adicional de insalubridade.

Eles decidiram ainda não participar da campanha nacional Dia D da Vacinação, dia 15 de agosto, caso a greve perdure até lá. Na sexta-feira, 7, às 9 horas, em local ainda a ser definido, os servidores voltam a avaliar a continuidade ou não da greve em nova assembleia.

Além da negociação no campo administrativo a entidade sindical estuda a possibilidade de entrar com mandado de segurança contra os cortes nos salários, considerado “um ato abusivo de autoridade, na medida em que os salários têm caráter alimentar, conforme entendimento sacramentado nos tribunais”.