Todos os policiais prestaram depoimentos na Civil e entregaram as armas para perícia
SSP , Salvador |
06/02/2015 às 19:10
Crack, cocaína,m maconha e armas apreendidas
Foto: SSP/BA
Grande quantidade de emulsão para explosivos, uma espingarda calibre 12, duas pistolas calibres ponto 40 e ponto 45, além de 12 revólveres calibre 38, seis quilos de maconha, 1,5 quilo de cocaína e 500 gramas de crack foram apreendidas em posse da quadrilha que recebeu policiais da Rondesp Central a tiros, na madrugada desta sexta-feira (6), na Estrada das Barreiras, no Cabula, durante uma abordagem policial.
O material apreendido, além de detalhes da operação policial que resultou na morte de 12 suspeitos de assalto a banco, foram apresentados à imprensa na tarde de hoje, durante entrevista coletiva realizada na sede da Secretaria da Segurança Pública.
Três suspeitos foram presos em flagrante. Dois deles continuam internados no Hospital Roberto Santos. Outro integrante da quadrilha também foi internado, mas já foi liberado, e ouvido no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde está custodiado. Um adolescente também participou do confronto e foi apreendido, já encaminhado à Delegacia para o Menor Infrator.
O comandante da Rondesp Central, major Agnaldo Ceita, narrou a ação policial, que tinha o objetivo de coibir a prática de assalto a banco. “Era do nosso conhecimento de que havia uma quadrilha planejando fazer ataques a caixas eletrônicos. Na Estrada das Barreiras, um veículo parado na frente de um banco chamou a atenção dos policiais, que chegaram a um grupo na Vila Moisés. Aparentemente eram apenas seis ou sete pessoas”, contou.
Ainda segundo ele, ao tentar realizar a abordagem, os policiais foram recebidos a tiros, quando ficou constatado que, na verdade, o grupo era de cerca de 30 pessoas. “Quem conhece a região sabe que é uma localidade de pouca visibilidade”, afirmou o major.
Investigação
De acordo com o diretor DHPP, Jorge Figueiredo, todos os policiais envolvidos na operação foram ouvidos e um inquérito aberto para investigar as circunstâncias do auto de resistência. “As armas dos policiais foram entregues voluntariamente e serão periciadas. Também solicitamos a perícia do local de crime, que deve robustecer as investigações e deixar transparentes os fatos ocorridos nesta situação”, disse Figueiredo. Ainda segundo ele, as investigações sobre a quadrilha continuam e mais prisões devem ocorrer ainda esta semana.
Já o titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos, Odair Carneiro, salientou que pelo menos nove dos envolvidos no confronto tinham passagem pela polícia pelos crimes de roubo, tráfico de drogas, resistência à prisão, e uso de armas e explosivos. Também ressaltou que outras testemunhas estão sendo ouvidas.