Salvador

GOVERNO INAUGURA UNIDADE PRONTO ATENDIMENTO CURUZU BATIZADA MÃE HILDA

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| 01/12/2009 às 12:18
Governador Wagner, Vovô, Luiza Bairros e deputado Luis Alberto, PT, na solenidade
Foto:

Nesta terça-feira (1), às 11h20, o Largo do Curuzu reviveu o carinho de uma vida inteira dedicada à comunidade, após homenagem do governador Jaques Wagner a Mãe Hilda. Ele inaugurou a 1º Etapa das obras de reforma e reestruturação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Curuzu, batizada com o nome da iyalorixá. A unidade existe há 57 anos, mas, nunca tinha passada por uma reforma.


Wagner sugeriu que os nomes dos equipamentos públicos deveriam homenagear as personalidades de cada bairro e não pessoas sem qualquer vinculo afetivo com a comunidade. Diante de um público visivelmente satisfeito com a homenagem a iyalorixá, Wagner interrompeu a cerimônia, contendo a voz, embargada, sem prosseguir até o termino da solenidade.


No entanto, retornou ao púlpito para declarar aos funcionários da UPA: "A reforma é importante, mas, não resolve todos os problemas. Ainda podemos melhorar as condições salariais, entre outras exigências, mas reclamem com quem devem reclamar. Se mirem no exemplo de Mãe Hilda, que cuidou tão bem das crianças e pessoas do Curuzu", completou o governador.


O investimento total na primeira etapa da reforma da UPA custou R$ 664 mil, beneficiando todo o bairro da Liberdade com uma estrutura física munida de novos equipamentos, mobiliários e a contratação do serviço de laboratório de patologia clínica. Em breve, será autorizado o início das obras de ampliação da emergência e os serviços de apoio e leitos de observação na unidade.


LABORATÓRIO: o serviço funcionará 24h e terá resultado de exames emergenciais em torno de 3h, pela internet. Os demais exames sairão em três dias. Serão oito mil exames/mês, que vão melhorar a qualidade da assistência prestada, além de agilizar o tempo de espera dos resultados.

HOMENAGEM: como forma de reconhecer o legado deixado por Hilda Dias dos Santos, a Mãe Hilda Jitolu, conselheira e orientadora espiritual do bloco-afro Ilê Aiyê, a UPA do Curuzu agora leva seu nome.

MÃE HILDA

F
oi no terreiro comandado pela iyalorixá que aconteceram as primeiras atividades do Ilê Aiyê. Seu filho Vovô enfrentou a Bahia ditatorial dos anos 1970 para criar um bloco de negras e negros para desfilar no Carnaval. Mãe Hilda exerceu papel determinante para a existência e continuidade do Ilê, considerado referência quando se trata de afirmação de identidade negra no estado.
 
Hoje o Ilê Aiyê, mais que um bloco carnavalesco, é uma entidade que busca valorizar e expandir a cultura afrobrasileira por meio de projetos culturais e educacionais.